sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Exercícios resolvidos sobre artrópodes.

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Questões resolvidas sobre ARTRÓPODES.


O artrópode representado na figura é a centopeia ou lacraia. Possui corpo dividido em cabeça e tronco alongado e segmentado, muitas patas articuladas, saindo de cada segmento um par de patas - classe quilópodes.

01. (UNICAMP) - João é estudante do 2° grau e passou a manhã toda observando os animais em uma mata. Indique qual o filo de animais que deveria estar mais representado nas observações de João e duas características importantes deste filo.

Resposta:
O filo que mais deveria estar representado era o dos Artrópodes, que se caracteriza por exibir o corpo segmentado, apêndices (patas) articulados e exoesqueleto quitinoso.



02. (UNICAMP) O número de espécies dos grandes animais está proporcionalmente representado no diagrama abaixo.



Clique para ampliá-la

a) Um dos filos inclui a classe de invertebrados mais abundante em número de espécies. Qual é essa classe?
b) Indique duas características morfológicas que contribuíram para o sucesso dessa classe. Justifique.


Resposta:
a) A classe dos insetos.

b) O seu exoesqueleto quitinoso protege contra a perda excessiva de água e contra alguns predadores. A presença de asas e de patas articuladas facilita o seu deslocamento. Aparelhos bucais diversificados permitiram explorar diferentes recursos alimentares.



03. (UNICAMP) - Indique três características da classe de animais que inclui indivíduos com capacidade de vôo durante a fase adulta e quatro pares de falsas patas durante a fase larvária.

Resposta:
Os organismos que têm capacidade de vôo na fase adulta e falsas patas na fase larval são os insetos.

As três características básicas dos insetos são: um par de antenas (díceros), seis patas (hexápodes) e corpo dividido em cabeça, tórax e abdome.



04. (FUVEST) Nos insetos o sistema respiratório está desvinculado do sistema circulatório.
a) Como é esse sistema respiratório?
b) Qual a função do sistema circulatório nesses organismos?


Resposta:
a) Sistema respiratório traqueal, pelo qual os gases passam diretamente do meio externo para as células, através de uma rede de tubos.

b) O sistema circulatório dos insetos não transporta gases, apenas alimentos e excretas que serão eliminados.





05. (UFRJ) Os insetos possuem sistema circulatório aberto e, em sua hemolinfa, não existem pigmentos como a hemoglobina ou a hemocianina - pigmentos responsáveis pelo transporte de oxigênio em outros animais. A maioria dos insetos é capaz de voar por períodos longos, o que implica necessariamente grande esforço muscular associado a um consumo elevado de oxigênio.
Explique como é possível para os insetos, na ausência de pigmentos transportadores, obter o oxigênio necessário ao vôo


Resposta:
O sistema respiratório dos insetos é traqueal. Neste sistema o oxigênio é conduzido pelas ramificações das traqueias diretamente às células. O "sangue" transporta nutrientes e excretas.



06. (UNICAMP) Leia com atenção o que Calvin está dizendo às formigas:


a) Justifique, do ponto de vista biológico, a afirmação de Calvin: "se elas estivessem me entendendo, nunca mais teremos problemas com as formigas".
b) Cite dois outros grupos de insetos com modo de vida semelhante ao das formigas.


Resposta:
a) Formigas são insetos sociais com nítida divisão de trabalho. Se algumas pararem de trabalhar na coleta de alimento, todo o formigueiro será comprometido.

b) Abelhas e cupins.



07. (UFPR) Os insetos apresentam três tipos de desenvolvimento pós-embrionário: ametábolo, hemimetábolo e holometábolo.
Descreva-os.
(holo = total; metábolo = mudança; hemi = parcial; "a = não")


Respostas:
1 - Sem metamorfose (Ametábolos) - do seu ovo surge diretamente o imago, forma jovem morfologicamente igual ao adulto,

porém menor. (do ovo se desenvolve um animal idêntico ao adulto).    -     DESENVOLVIMENTO DIRETO.

2 - Com metamorfose parcial ou incompleta (Hemimetábolos) - o ovo desenvolve-se uma ninfa sem asas e incapaz de se

reproduzir. Segue-se o adulto com asas e capaz de se reproduzir. -  DESENVOLVIMENTO INDIRETO


3 - Com metamorfose completa ( Holometábolos) - o ovo origina a larva ou lagarta que origina uma pupa ou crisálida que

evolui para o adulto com asas e capaz de se reproduzir.  - DESENVOLVIMENTO INDIRETO


08. (UDESC) Um dos maiores problemas encontrados pelos agricultores é a existência de insetos que chegam a destruir lavouras inteiras. Contudo, nem todos os insetos, denominados pragas, são daninhos durante todas as fases do ciclo de vida.

a) Qual o papel desempenhado pelas borboletas durante sua fase larval e adulta, em relação ao exposto anteriormente.
b) Escreva um inseto que se apresenta como praga desde a fase jovem até a fase adulta do seu ciclo de vida.

Resposta:

a) Larvas de borboletas se alimentam de folhas porém, quando adultas, ingerem néctar, contribuindo para a polinização de diversas espécies de vegetais com flores.

b) Pulgão.


09. (UFG) Os insetos constituem um grupo de animais que apresenta grande diversidade biológica e desempenha importante papel nos ecossistemas terrestres. Por outro lado, algumas espécies desse grupo podem causar sérios prejuízos à agricultura e à saúde humana e animal.

a) Descreva três adaptações estruturais que contribuíram para o sucesso evolutivo dos insetos, bem como para sua ampla dispersão em ambientes terrestres.
b) Explique o processo de transmissão de uma doença humana, na qual um inseto é o vetor de um protozoário, agente causador dessa doença.

Resposta:

a) Alguns exemplos de adaptações estruturais que contribuíram para o sucesso evolutivo dos insetos:

1. presença do exoesqueleto quitinoso, conferindo maior proteção e menor perda d'água;
2. presença de asas, possibilitando o deslocamento rápido, a fuga de predadores, a obtenção de novas fontes de alimento e outras atividades que envolvem a capacidade de vôo;
3. metamorfose (incompleta ou completa), possibilitando a sobrevivência em condições adversas e a exploração de novos nichos em diferentes estágios da vida do inseto. As formas jovens não competem com os adultos por alimento ou habitat.

b) Alguns exemplos de doenças humanas transmitidas por insetos vetores de protozoários:

Doença de Chagas - causado pelo protozoário: Trypanossoma cruzi. O inseto transmissor é o barbeiro (Triatoma infestans, Pantrongylus megistus, Rhodnius prolixus). Modo de transmissão: transferência da forma infectante do protozoário (tripomastigota) ao homem por meio das fezes do inseto.

Malária - causada pelos protozoários: Plamodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae. O inseto transmissor é a fêmea do mosquito Anopheles sp. O modo de transmissão é a picada de mosquitos fêmeas que inoculam no homem a forma infectante (esporozoítas) do protozoário.

Leishmaniose - causada pelo protozoário: Leishmania brasiliensis. O inseto transmissor é o mosquito-palha ou birigui(Lutzomya sp). Modo de transmissão é através da picada do inseto que inocula no homem as formas infectantes do protozoário.



10. (PUC-SP) O esquema é válido para o desenvolvimento de muitas espécies de insetos:
                                            ovo - larva - pupa - adulto

a) Como é denominada  esse tipo de desenvolvimento?
b) Cite exemplos de insetos que apresentam esse tipo de desenvolvimento.


Resposta:
a) Metamorfose completa.

b) As borboletas, mariposas, os besouros, as pulgas, as moscas e mosquitos.


11. (VUNESP) Os insetos constituem um dos grupos mais antigos e numerosos com características bem definidas. Abordando o tema, fale sobre:

a) O tipo de esqueleto e a divisão do corpo.
b) O tipo de respiração.
c) As fases (desenvolvimento) dos insetos com metamorfose completa.

Resposta:

a) Possuem exoesqueleto quitinoso. O seu corpo é divido em cabeça, tórax e abdome.

b) Os insetos possuem respiração traqueal e circulação aberta.

c) As fases são: ovo - larva ou lagarta - pupa ou crisálide - adulto.



12. (FUVEST)
Como chegavas do casulo,
- inacabada seda vida -
tuas antenas - fios soltos
da trama de que eras tecida,
e teus olhos, dois grãos da noite
de onde o teu mistério surgia.

a) A que filo e classe pertence o animal de que falam os versos?
b) Qual a seqüência dos estágios de seu desenvolvimento?


Resposta:
a) O animal a que se referem os versos pertence ao Filo dos Artrópodes e à classe dos Insetos.

b) Os versos citam que esse animal tem casulo, portanto deduzimos que passa por metamorfose completa. Esse inseto, no seu desenvolvimento, passa pelas fases de: ovo - larva ou lagarta - pupa ou crisálide (casulo) e adulto.


13. (VUNESP) José e Carlos estão caminhando por um parque e observam, presas ao tronco de uma árvore, "cascas", que José identifica como sendo de cigarras. Especialistas chamam essas cascas de exúvias. José conta a Carlos que a tradição popular diz que "as cigarras estouram de tanto cantar", explica que as cigarras são insetos e descreve o número de apêndices (patas) encontrados em um inseto generalizado.

a) Do ponto de vista biológico, é correto afirmar que exúvias são restos do corpo de cigarras que "estouraram de tanto cantar"? Justifique a sua resposta.
b) Qual o número de apêndices encontrados no tórax de um inseto adulto generalizado?



Resposta:
a) Não é correto. As exúvias são exoesqueletos quitinosos abandonados pelas cigarras no processo de muda ou ecdise que sofre esse animal. O esqueleto velho é abandonado e forma-se um novo esqueleto, o qual, progressivamente, vai se solidificando. É exatamente durante esse processo que o inseto cresce.

b) No tórax de um inseto vamos encontrar seis patas articuladas e um ou dois pares de asas.


14. (UNIFESP) Os quadrinhos retirados da Folha de São Paulo (03.10.2000) fazem referência ao exoesqueleto.


a) O exoesqueleto é uma característica exclusiva dos insetos? Justifique.
b) Cite uma vantagem e uma desvantagem adaptativa decorrentes da presença do exoesqueleto.


Resposta:
a) Não, o exoesqueleto aparece também nas demais classes de artrópodes. (A maioria dos moluscos possui uma concha externa que pode funcionar como um exoesqueleto).

b) Uma vantagem adaptativa é a proteção contra predadores e principalmente contra a perda de água;
uma desvantagem é o crescimento, que fica limitado pela rigidez do exoesqueleto. Ele acontece apenas na época da perda do esqueleto velho e a formação completa do esqueleto novo.


15. (UNICAMP) A cigarra e a formiga são personagens de uma fábula que enaltece o trabalho. A biologia dos grupos aos quais pertencem esses insetos explica o diferente papel desempenhado por eles na fábula. No verão, encontram-se cascas de cigarras presas nas árvores ou no chão. Há uma crença popular de que as cigarras "arrebentam de tanto cantar".

a) Que aspecto da biologia das formigas justifica sua associação com o trabalho?
b) Qual a função do canto das cigarras?
c) As cascas não são cigarras mortas. Explique o que representam essas cascas


Resposta:
a) A sociedade das formigas é subdividida em castas, com nítida divisão de trabalho. No formigueiro observam-se operários, soldados e indivíduos reais relacionados à reprodução.

b) O "canto" das cigarras, denominado estridulação, somente é realizado pelos machos com a finalidade de atração sexual.

c) As "cascas" das cigarras são exoesqueletos antigos, abandonados após a muda ou ecdise.


16. (UNIFESP) A revista Ciência Hoje (nº 140, 1998) publicou um artigo relatando que pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz desenvolveram uma vela preparada com o bagaço da semente de andiroba, cuja queima é capaz de inibir o apetite das fêmeas do mosquito Aedes aegypti .
a) Cite doenças transmitidas por este mosquito.
b) Explique, através do mecanismo de contágio, como a vela de andiroba pode colaborar na diminuição da proliferação desta doença.





c) Cite três medidas de prevenção e/ou combate ao inseto transmissor da dengue

Resposta:
a) O Aedes aegypti pode transmitir a dengue e a febre amarela.

b) As fêmeas do mosquito são hematófagas, isto é, alimentam-se de sangue. Esses insetos adquirem os vírus da dengue ou da febre amarela quando picam pessoas doentes ou reservatórios silvestres das mesmas (animais silvestres contaminados). Ao picar pessoas sãs, transmitem os vírus para elas. Assim, se a queima das velas inibe o apetite das fêmeas desses mosquitos, haverá uma diminuição na proliferação dessa doença.

c) Os ovos do A. aegypti são depositados pela fêmea nas paredes internas dos depósitos que servem como criadouros, próximos à superfície da água. A larva se desenvolve em água parada e limpa e todo o processo (do ovo ao mosquito adulto) demora de sete a dez dias. Para evitar a proliferação do mosquito, os reservatórios de água devem ser vedados; garrafas e embalagens que possam acumular água devem ser esvaziadas e colocadas de cabeça para baixo; pneus devem ser guardados em locais secos e protegidos da chuva e as plantas em recipientes com água devem ser passadas para a terra ou a água deve ser trocada a cada quatro dias e o recipiente lavado para eliminar os ovos. Além disso, pode-se também utilizar inseticida para eliminar os adultos. A dengue é uma doença provocada por vírus e não há tratamento específico. Por isso, a prevenção e o combate ao mosquito são fundamentais para o controle dessa doença.



17. (VUNESP) "O crescimento do Ecoturismo é um dos principais responsáveis pelos surtos de febre amarela nos últimos anos. Na busca do contato com a natureza, o homem também se aproxima do mosquito Haemagogus, que transmite a forma silvestre (selvagem) da doença, a partir de macacos infectados".
(Jornal "O Estado de S. Paulo", 3.3.2001, p. A2.)

a) Qual o nome do mosquito transmissor da febre amarela nos centros urbanos? Que outra doença é transmitida por esse mesmo vetor?
b) De que forma a febre amarela contraída nas matas pode ser disseminada na população que vive nos centros urbanos?
c) O uso generalizado de antibióticos no combate a essa doença resolveria o problema? Justifique sua resposta.
 
Respostas:
a) Aedes aegypti'. Este mosquito também transmite a dengue.


b) Pessoas que adquiriram a doença na mata são picadas pelo vetor (causador) urbano. Uma vez contaminado com o vírus, o mosquito vetor o transmite, através da picada, aos seres humanos que vivem nas cidades.

c) Antibióticos somente são indicados na terapia de doenças causadas por bactérias.




Muitos artrópodes são vetores de doenças humanas, como os mosquitos transmissores da febre amarela (Aedes aegypti e Haemagogus sp), malária (Anopheles sp), dengue (Aedes aegypti) e filariose (Culex sp).

Outros artrópodes, como escorpiões e aranhas, ao picarem o homem podem inocular veneno.

As classes de artrópodes que têm maior importância médica são as classes dos Insetos e dos Aracnídeos.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Exercícios sobre Artrópodes

                                                  www.dombosco.com.br/curso/estudemais/.../artropodes_II.PHP

Instruções:
Leia atentamente os exercícios e resolva-os.

01. (FUVEST)

a) Dê duas características comuns aos crustáceos, insetos e aracnídeos.



b) Dê uma característica específica (própria) de cada um desses grupos.




02. (UNICAMP) Indique a classe de Artrópodes mais abundante em ecossistemas lacustres e a mais abundante em ecossistemas marinhos.




03. (FGV-SP) - No aniversário de uma cidade à beira-mar, um restaurante promoveu um "Festival de Crustáceos": lagosta, camarão, ostra e mexilhão.
Quais desses animais não deveriam estar incluídos no cardápio? Por quê?



04. (UNESP) - O camarão e a abelha são animais pertencentes ao mesmo filo, embora separados em classes distintas. Escreva:

a) duas características que permitam agrupá-los no mesmo filo;


b) duas características que os separam em classes distintas.

 
 
05. (PUC-SP) Numa aula de biologia os alunos classificaram os artrópodes que o professor Ihes apresentou em três grupos, de acordo com características que distinguiam cada grupo dos demais:

I - aranha e besouro.
II - barata e escorpião.
III - caranguejo e siri.

O professor disse que a classificação estava errada.

a) Reagrupe os animais, corrigindo os erros.
  I -
 II -
III -

b) Cite uma característica externa exclusiva de cada grupo que você formou.


 
06. (UNESP) Acariciando seu cão de estimação, você encontra uma pulga e um carrapato, ambos artrópodes ectoparasitas (parasitas que vivem fora do corpo do hospedeiro).

a) A que classes pertencem a pulga e o carrapato?
b) Caracterize-os com relação ao número de patas e divisão corporal.


07. (UFV) Considere uma coleção de Artrópodes incluindo organismos das classes: Crustáceos, Insetos, Aracnídeos, Diplopódes e Quilópodes.

a) Diferencie os diplópodes e dos quilópodes dessa coleção, utilizando uma característica externa exclusiva de cada classe.


b) Escreva duas vantagens do exoesqueleto presente nos artrópodes terrestres.




08. (UFLAVRAS) Escreva as estruturas utilizadas nas trocas gasosas, nos seguintes grupos:

Insetos-                                                      Quilópodes-
Aracnídeos-                                                Diplópodes-
Crustáceos-
 

09. (UFG) Durante trabalho de campo, um biólogo realizou coleta de invertebrados, obtendo os indivíduos relacionados a seguir: abelha, aranha, besouro, camarão, caranguejo, escorpião, formiga, grilo, lagosta e mosca.
Agrupe estes animais segundo a classe taxonômica a qual pertencem. Nomeie estas classes.






10. (UFRRJ) "... tropeço em uma pedra e observo uma cavidade descoberta com uma aranha imensa de pelo vermelho me olha fixamente, imóvel, grande como um caranguejo...".
Um besouro dourado me lança sua emanação mefítica, enquanto desaparece como um relâmpago seu radiante arco-íris..."
Pablo Neruda

No trecho acima são citados alguns animais. Responda:

a) a que filo pertencem esses animais? _____________________________

b) Cite a classe a que pertence cada um desses animais, dando duas características que permitiram chegar a essa conclusão.

 
 

Questões resolvidas:

1-O caranguejo-uçá vive na região entremarés dos manguezais, ambientes pobres em cálcio e magnésio. Em determinada época do ano, os órgãos internos do caranguejo-uçá ficam com uma cor leitosa. Nessa época, os catadores o denominam de caranguejo-leite e dizem que "ele não presta para comer porque é amargo, dá tontura e dor de barriga". Os catadores experientes reconhecem o caranguejo-leite pelo tato, pois ele apresenta carapaça mole e quebradiça.
Identifique o processo que transforma o caranguejo-uçá em caranguejo-leite e explique por que seus tecidos assumem uma coloração leitosa.

Resposta: 
O processo se chama muda ou ecdise.
Antes de deixar a carapaça velha (exoesqueleto), o caranguejo-uçá, assim como outros artrópodes, dissolvem a parte interna do exoesqueleto antigo. Uma vez que sua dieta é pobre em substâncias minerais, ele incorpora grande parte dos carbonatos de cálcio e de magnésio da carapaça antiga à sua corrente sanguínea, utilizando-os na síntese do novo exoesqueleto.


2- Os artrópodes representam um dos grupos zoológicos com maior número de espécies, vivendo nos mais diferentes hábitats.

a) Aspectos biológicos desse grupo que permitiram seu grande sucesso evolutivo.
1 - Formação de um exoesqueleto quitinoso impermeável que dificulta a perda de água, favorecendo a sobrevivência em diferentes ambientes.

2 - Respiração através de brânquias, traquéias e filotraquéias. Através das traquéias e filotraquéias eles conseguem retirar o oxigênio diretamente do ar atmosférico favorecendo a sua sobrevivência.

3 - Excreção de ácido úrico - isso produziu uma grande economia de água, favorecendo a sua sobrevivência em diferentes ambientes.

4 - Poderia ser citado o seu sistema nervoso desenvolvido, com duas ou quatro antenas e cerdas sensitivas.

b) Exemplos de animais artrópodes para cada aspecto biológico abordado na resposta anterior.
1 - Exoesqueleto quitinoso: besouro, aranha, siri, etc.

2 - Respiração traqueal: insetos em geral, mosca, mosquito, embuá, centopeia etc.
     Respiração filotraqueal: aranhas e escorpiões.
     Respiração branquial: crustáceos - siri, caranguejo.

3 - Excreção de ácido úrico - artrópodes em geral.

4 - duas antenas: insetos (moscas, mosquitos); quatro antenas: crustáceos (siri, lagosta), cerdas sensitivas: aracnídeos (aranhas e escorpiões).

Informações:
1- Os invertebrados relacionados percebem os estímulos luminosos por meio de diferentes tipos de órgãos visuais; dentre eles, o ocelo e o olho composto.

   Os ocelos são estruturas visuais pequenas e isoladas, constituídas de células sensoriais, revestidas por células pigmentadas, conectadas ao nervo ótico. Os ocelos detectam a intensidade e direção da luz, mas não são capazes de formar imagem.
Os olhos compostos são estruturas visuais grandes formando par, constituídos de muitas unidades visuais hexagonais, denominadas omatídeos, e dotados de córnea e cristalino. Cada omatídeo capta uma pequena parte da cena observada e a transmite ao sistema nervoso, que compõe as imagens parciais, de modo a produzir uma imagem total definida.



2- O carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) pode transmitir ao homem a febre maculosa, uma grave enfermidade causada pela Bactéria Rickettsia rickettsii. Esse ácaro tem como hospedeiros preferenciais os eqüinos, mas também ataca bovinos, cães, capivaras e outros animais, além do homem. Nos últimos anos, por falta de predadores naturais, o número de capivaras vem aumentando em algumas áreas urbanas do interior do Estado de São Paulo e com esse aumento casos de febre maculosa tem ocorrido. Folhetos distribuídos pelos órgãos de saúde recomendam evitar o contato com a grama e o mato de locais com presença de capivaras, pois as larvas e ninfas do carrapato ficam nas folhas e acabam se prendendo a pele humana. Ao sugar o sangue, o carrapato transmite a Rickettsia.Os folhetos informam ainda que a febre maculosa não é transmitida de uma pessoa para outra.

domingo, 18 de setembro de 2011

REINO: ANIMAL FILO: Artrópodes – patas articuladas

Muitas vezes, não percebemos a presença daqueles animais com corpos de formas estranhas e cores variadas, que vivem ao nosso redor, voam sobre nossas cabeças ou aqueles que se locomovem próximo dos nossos pés. A maioria desses seres é formada por animais artrópodes.
Esse grupo inclui animais como aranha, mosca, siri, lacraia, piolho-de-cobra, camarão, escorpião, abelha, entre inúmeros outros. O grupo dos artrópodes é tão bem adaptado aos diferentes ambientes que, atualmente, representa mais de 70% das espécies animais conhecidas.

Características gerais dos artrópodes

A principal característica que diferencia os artrópodes dos demais invertebrados são as patas articuladas. Foi essa característica que deu o nome ao grupo, pois a expressão patas articuladas vem do grego: artro, que significa "articulação", e podos, "patas".
As patas articuladas permitem que o animal possa realizar vários movimentos diferentes, muito deles bem definidos e elaborados. Além de uma locomoção muito eficiente, as patas articuladas apresentam outras vantagens para o animal, pois auxiliam na sua defesa e na captura de alimento. No dia-a-dia, é fácil observar nas formigas, por exemplo, a atividade que essas patas permitem.

Além das patas articuladas, outra característica importante dos artrópodes é a presença de um reforço externo: o exoesqueleto. Ele é resistente, impermeável e é constituído de sais de quitina, que é um tipo de "açúcar".
O exoesqueleto reveste e protege o corpo desses animais de muitos perigos externos e também evita que eles percam água. É uma importante adaptação ao ambiente terrestre.
Embora ofereça proteção, o exoesqueleto limita o tamanho do animal, pois não acompanha o crescimento do corpo. Quando esse exoesqueleto fica pequeno, ocorre a muda. Nesse fenômeno, o exoesqueleto antigo se desprende do corpo do animal e é trocado pelo novo, que já está formado.

Até se tornarem adultos, os artrópodes podem fazer essa troca várias vezes. Por isso, podemos encontrar exoesqueletos de artrópodes soltos em árvores.

Vários artrópodes são carnívoros, mas há também os herbívoros, que se alimentam de diferentes partes das plantas.

O sistema digestório dos artrópodes é completo, e os resíduos alimentares, isto é, as fezes, são eliminados pelos ânus.

A circulação dos artrópodes é aberta, isto é, o "sangue" não circula apenas dentro dos vasos, mas banha espaços do corpo do animal. Esse "sangue" é incolor ou ligeiramente azulado e não transporta gases, apenas os nutrientes.

Respiração
Nas diversas classes de artrópodes, o tipo de respiração varia.
Muitos artrópodes são terrestres, como os insetos, diplópodes e quilópodes, e respiram retirando oxigênio do ambiente por estruturas denominadas traquéias.
A traquéia está ligada a fibras musculares que se contraem e estimulam o ar a entrar pelos espiráculos da traquéia.
Os artrópodes aquáticos, como os crustáceos, podem ter respiração branquial. As brânquias são estruturas que retiram oxigênio dissolvido na água para a respiração animal. Estão presentes em grande parte dos invertebrados aquáticos e nos peixes. Os microcrustáceos (crustáceos muito pequenos) fazem respiração cutânea, isto é, respiram pela pele.


Reprodução
Na maioria dos artrópodes, o sexo é separado e a fecundação é interna, isto é, o macho lança os gametas masculinos dentro do corpo da fêmea.
O desenvolvimento pode ser direto: os filhotes já nascem semelhantes aos pais, como é o caso de muitos aracnídeos, e, portanto esses animais não passam por metamorfose.

No desenvolvimento indireto, como ocorre com grande parte dos insetos, o animal que sai do ovo passa por uma metamorfose antes de atingir a vida adulta.

A metamorfose pode ser completa ou incompleta. Na metamorfose completa, o animal passa pelas fases de larva, pupa e adulto - isso ocorre, por exemplo, nas borboletas e moscas. Na metamorfose incompleta, não há a fase de larva ou a de pupa - é o que ocorre, por exemplo, com as baratas e os gafanhotos.
Obs.: a traça é um inseto que não sofre metamorfose

Os diversos grupos de artrópodes
Os artrópodes são subdivididos em classes de acordo com alguns critérios, como a divisão do corpo e o número de apêndices apresentados (por exemplo: número de patas, antenas etc.).
Entre as classes de artrópodes, podemos citar: crustáceos, aracnídeos, quilópodes, diplópodes e insetos.

A seguir, vamos conhecer melhor cada uma delas.

Classe: Crustáceos

A maioria dos crustáceos é marinha, ou seja, vive nos mares e oceanos. Algumas espécies, porém, têm seu hábitat na água doce, e outras, ainda, são terrestres, como o tatuzinho-de-jardim. Podemos citar como exemplos de crustáceos mais conhecidos: camarão, lagosta, siri, caranguejo e craca. O tamanho desses animais varia bastante de uma espécie para outra.
O corpo dos crustáceos é dividido em cefalotórax, parte do corpo formada por cabeça e tórax fundidos, e abdome.
Esses animais possuem um número variável de patas (geralmente cinco pares -decápodes) e dois pares de antenas. O exoesqueleto de muitos crustáceos apresenta carbonato de cálcio, uma substância que forma a carapaça dura dos siris e caranguejos.



Classe; Aracnídeos

A classe dos aracnídeos inclui aranhas, escorpiões e carrapatos. Algumas espécies peçonhentas de aranhas e escorpiões podem causar a morte, principalmente de crianças pequenas. O número de acidentes envolvendo o veneno desses animais é grande no Brasil.

O corpo dos aracnídeos é dividido em cefalotórax e abdome. Esses animais têm quatro pares de patas (octópodes) e não possuem antenas. Apresentam um par de pedipalpos (palpos), que são apêndices sensoriais, e também um par de quelíceras, apêndices em forma de pinça.

A maioria dos aracnídeos é carnívora. Alguns desses animais são parasitas do sangue de vertebrados, como os carrapatos. A sarna ou escabiose é causada por um aracnídeo, um ácaro.
A aranha apresenta no abdome as suas glândulas fiandeiras, que produzem os fios utilizados para construir ninhos ou tecer teias nas árvores e nos cantos onde esses animais vivem.

Inoculadores de veneno:
Escorpião - através do aguilhão;
Aranha - através das quelíceras;
Pseudo-escorpião - através dos pedipalpos;

Obs : A maioria das aranhas não apresenta importância médica, sendo que no Brasil são apenas três que oferecem perigo, a aranha-marrom (Loxosceles), a armadeira (Phoneutria) e a viúva-negra (Latrodectus)..

• Podem ser ovíparos ou vivíparos;

• Pode ter cuidado parental, ou seja, pais cuidando "atenciosamente" dos filhotes.


Classe: Quilópodes

Quilópode é uma palavra de origem grega que significa "aquela que tem mil patas" (quilo significa "mil", e podos "patas"). Esse grupo é representado pela lacraia ou centopéia.
O corpo dos quilópodes é formado por uma cabeça e muitos segmentos. Em cada um desses segmentos, existe um par de pernas. Esses animais têm um par de antenas longas na cabeça.
Esses seres terrestres vivem na sombra, em regiões quentes e em locais bastante úmidos. São ovíparos, carnívoros e predadores. Eles possuem veneno, que é inoculado no inimigo ou na presa.

O veneno das lacraias não costuma ser mortal para o ser humano mas causam muita dor.


Classe: Diplópodes

Um representante desse grupo é o piolho-de-cobra, conhecido também como embuá ou gongolo. O corpo dos diplópodes possui uma cabeça com um par de antenas curtas e tem também vários segmentos.
Em cada segmento do seu corpo, há dois pares de pernas, daí o nome diplópodes - que vem do grego e significa "patas duplas" (di significa "duplo", e podos, "patas").
Os diplópodes gostam de lugares escuros e terra úmida. Vivem embaixo de pedras e folhas mortas ou dentro de troncos de árvores apodrecidos. Assim como os quilópodes, eles procuram sombra e umidade.
Quando atacados, enrolam-se e liberam uma secreção que afugenta os inimigos. Os diplópodes são ovíparos, isto é, pões ovos.

Obs.: Os diplópodes antigamente pertenciam à classe dos Miriápodes, junto com os Quilópodes. As diferenças entre as duas novas classes são que: quilópodes tem forcípulas (que inoculam veneno), diplópodes tem antenas; quilópodes são carnívoros, diplópodes são herbívoros; quilópodes são achatados, diplópodes são cilíndricos; quilópodes tem 1 par de patas por segmento, diplópodes tem 2 pares de patas por segmento.


Classe: Insetos

A parte da biologia que estuda os insetos sé denominada Entomologia.

Os principais representantes dessa classe são os artrópodes que encontram com mais facilidade no dia-a-dia; por exemplo: formiga, barata, mosquito, borboleta, mosca, besouro, joaninha, abelha, gafanhoto, entre muitos outros.

A classe dos artrópodes com maior variedade e número de espécies é a dos insetos. Com grande capacidade reprodutiva, os insetos formam a única classe de invertebrados com representantes dotados de asas, o que contribui para o sucesso na ocupação de todos os ambientes do planeta exceto as águas oceânicas mais profundas.

Na cabeça há um par de antenas e uma par de olhos, além do aparelho bucal. O tipo de aparelho bucal relaciona-se ao tipo de alimentação do inseto e é utilizado pelos cientistas como um dos principais critérios de classificação. Possuem seis patas (hexápodes).

Têm um sistema digestivo completo, consistindo num tubo que vai da boca ao ânus.
Normalmente não excretam água com as fezes, permitindo-lhes conservá-la e, assim, sobreviver em ambientes áridos.

As traquéias têm aberturas na cutícula chamadas espiráculos, por onde são feitas as trocas gasosas.

As tão doloridas picadas de abelhas não são feitas pelo aparelho bucal, mas sim pelo ferrão localizado na extremidade do abdome, ligado a uma glândula que produz veneno.

Algumas espécies de insetos, como as formigas e as abelhas, vivem em sociedades tão bem organizadas que são por vezes consideradas superorganismos.

Muitos insetos possuem órgãos dos sentidos muito refinados; por exemplo, as abelhas podem ver a luz ultravioleta e os machos das falenas têm um forte olfato que lhes permite detectar as feromonas de fêmeas a quilômetros de distância.

O papel dos insetos no meio ambiente e na sociedade humana
Muitos insetos são considerados daninhos porque transmitem doenças (mosquitos, moscas), danificam construções (térmitas) ou destroem colheitas (gafanhotos, gorgulhos) e muitos entomologistas economistas ou agrônomos se preocupam com várias formas de lutar contra eles, por vezes usando inseticidas mas, cada vez mais, investigando métodos de biocontrole.

Apesar destes insetos prejudiciais terem mais atenção, a maioria das espécies é benéfica para o homem ou para o meio ambiente. Muitos ajudam na polinização das plantas (como as vespas, abelhas e borboletas) e evoluíram em conjunto com elas – a polinização é uma espécie de simbiose que dá às plantas a capacidade de se reproduzirem com mais eficiência, enquanto que os polinizadores ficam com o néctar e pólen.
De fato, o declínio das populações de insetos polinizadores constitui um sério problema ambiental e há muitas espécies de insetos que são criados para esse fim perto de campos agrícolas.

Alguns insetos também produzem substâncias úteis para o homem, como o mel, a cera, a laca e a seda. As abelhas (apicultura - criação de abelhas) e os bichos-da-seda (sericultura - criação do bicho-da-seda) têm sido criados pelo homem há milhares de anos e pode dizer-se que a seda afetou a história da humanidade, através do estabelecimento de relações entre a China e o resto do mundo.

Em alguns lugares do mundo, os insetos são usados na alimentação humana, enquanto que noutros são considerados tabu.

As larvas da mosca doméstica eram usadas para tratar feridas gangrenadas, uma vez que elas apenas consomem carne morta e este tipo de tratamento está a ganhar terreno atualmente em muitos hospitais.

Além disso, muitos insetos, especialmente os escaravelhos, são detritívoros, alimentando-se de animais e plantas mortas, contribuindo assim para a remineralização dos produtos orgânicos.

Embora a maior parte das pessoas não saiba provavelmente a maior utilidade dos insetos é que muitos deles são insetívoros, ou seja, alimentam-se de outros insetos, ajudando a manter o seu equilíbrio na natureza. Para qualquer espécie de inseto daninha existe uma espécie de vespa que é, ou parasitóide ou predadora dela. Por essa razão, o uso de inseticidas pode ter o efeito contrário ao desejado, uma vez que matam, não só os insetos que se pretendem eliminar, mas também os seus inimigos.


Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/Artropodes.php

Filo: Artrópodes – patas articuladas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Filo: Artrópodes – patas articuladas

Os Artrópodes (do grego arthros: articulado e podos: pés, patas, apêndices) são animais invertebrados caracterizados por possuírem membros rígidos, articulados, com vários pares de pernas, que variam em número de acordo com as classes. Compõem o maior filo de animais existentes, representados por animais como os gafanhotos (insetos), as aranhas (aracnídeos), os caranguejos (crustáceos), as centopeias (quilópodes) e embuás (diplópodes), somam mais de um milhão de espécies descritas ("apenas" mais de 890.000 segundo outros autores). Mais de 4/5 das espécies existentes são Artrópodes, que vão desde as formas microscópicas de plâncton com menos de 1/4 de milímetro, até crustáceos com mais de 3 metros de espessura.

Os artrópodes habitam praticamente todo o tipo de ambiente: aquático e terrestre e representam os únicos invertebrados voadores. Existem representantes parasitas e simbióticos. Índice
Anatomia dos artrópodes

Os artrópodes têm apêndices articulados e o corpo segmentado, envolvido num exoesqueleto de quitina. Os apêndices estão especializados para a alimentação, para a percepção sensorial, para defesa e para a locomoção. São estas "patas articuladas" que dão o nome ao filo. O exoesqueleto é uma camada de cutícula quitinosa que reveste externamente todo o corpo dos artrópodes. Ele apresenta placas articuladas e contínuas. A presença de fenol na placa a deixa mais rígida e com a cor mais escura.

Eles têm corpo segmentado, mas não é tão evidente como nos anelídeos; isso porque os segmentos diferenciam-se durante o desenvolvimento, alguns deles fundindo-se para a formação de partes que, como nos insetos, são tipicamente: cabeça, tórax e abdome.

Dentre as diferentes classes de artrópodes há casos em que duas ou mais partes se unem formando uma única peça como é o caso de certos grupos de crustáceos em que a cabeça e tórax se unem formando o cefalotórax e nos quilópodes e diplópodes em que o tórax se une com o abdômen formando o tronco.

O primeiro segmento da cabeça é denominado cabeça normalmente suporta os olhos, que podem ser simples ou compostos. Cada segmento contém, pelo menos primitivamente, um par de apêndices.
Para poderem crescer, os artrópodes têm de se desfazer do exoesqueleto "apertado" e formar um novo, num processo denominado muda ou ecdise (é uma troca periódica do exoesqueleto, sendo o tempo e a quantidade de trocas variáveis de acordo com a espécie e as condições ambientais). O ponto de começo da ecdise é na linha de muda.
Os artrópodes são geralmente dióicos, com fecundação interna, utilizando de apêndices modificados para transferência de espermatozóides.


Classificação dos artrópodes
Um grupo tão numeroso e diversificado, tanto em espécies atuais como extintas, como os artrópodes teria de ser necessariamente difícil de classificar.


Classe: INSETOS

Os insetos são invertebrados com exoesqueleto quitinoso, corpo dividido em três segmentos (cabeça, tórax e abdome), três pares de patas articuladas (hexápodes), olhos compostos e duas antenas. A classe dos insetos compõe o maior e mais largamente distribuído grupo de animais do filo Artrópodes e, consequentemente, dentre todos os animais.

A ciência que se dedica a estudar os insetos é conhecida como Entomologia.

Os insetos são o grupo de animais mais diversificado existente na Terra. Embora não haja um consenso entre os entomologistas, estima-se que existam de 5 a 10 milhões de espécies diferentes, sendo que quase 1 milhão destas espécies já foi catalogado. Os insetos podem ser encontrados em quase todos os ecossistemas do planeta, mas só um pequeno número de espécies se adaptou à vida nos oceanos.

Os insetos atuais são geralmente pequenos e têm o corpo segmentado, protegido por um exoesqueleto rígido de um material conhecido como quitina. Podem ser caracterizados como animais de simetria bilateral. O corpo é dividido em três partes distintas, que são interligadas entre si: cabeça, tórax e abdome. Na cabeça encontram-se um par de antenas sensoriais, um par de olhos compostos, dois ou três olhos simples ou ocelos e as peças bucais: um par de mandíbulas, um par de maxilas e a hipofaringe. Outras estruturas que fazem parte do aparelho bucal dos insetos. Essas peças são modificadas em cada grupo para atender aos diferentes hábitos alimentares, formando diversos tipos de aparelhos bucais (sugador, mastigador, triturador e lambedor).
O tórax dos insetos possui seis segmentadas pernas distribuídas por três pares: um para o protórax, outro para o mesotórax e o último par para o metatórax — que são os segmentos que compõem o tórax. Em determinadas espécies podemos encontrar também um par de asas no mesotórax e outro par no metatórax. O abdome é composto por onze segmentos, embora em algumas espécies de insetos esses segmentos possam ser fundidos ou reduzidos de tamanho. O abdome também contém a maior parte do aparelho digestivo, respiratório, excretor e estruturas internas reprodutivas.

Anatomia Interna

Têm um sistema digestivo completo, consistindo num tubo que vai da boca ao ânus.
Normalmente não excretam água com as fezes, permitindo-lhes conservá-la e, assim, sobreviver em ambientes áridos.
As traquéias têm aberturas na cutícula chamadas espiráculos, por onde são feitas as trocas gasosas.

Reprodução
A grande maioria dos insetos nascem a partir de ovos depositados por sua genitora em locais propícios ao seu desenvolvimento (como em plantas) — o que os classifica como sendo ovíparos. Entretanto, existem casos em que certas espécies de insetos (como a barata Blatella germanica) nascem imediatamente após a postura dos ovos, o que classifica a tais como sendo ovovivíparos. Também existem algumas espécies que são consideradas vivíparas, como é frequente nos pulgões, onde os insetos recém-nascidos saem dos ovos ainda dentro do corpo da mãe. Em certas espécies de vespas parasitas, identifica-se o fenômeno da poliembrionia, onde um único óvulo fertilizado se divide em muitos, em alguns casos, até mesmo milhares de embriões distintos.

Metamorfose

A metamorfose nos insetos é um processo biológico de desenvolvimento pela qual as espécies crescem e mudam de forma. Existem duas formas básicas de metamorfose: a metamorfose completa e a metamorfose incompleta.
Metamorfose completa
A maioria dos insetos grandes tem um ciclo de vida típico que se inicia num ovo, que origina uma larva que se alimenta, ocasionando ecdises (ou trocas de pele) onde cresce, transformando-se em pupa (ou casulo) e em seguida, surge como um inseto adulto que se parece muito diferente da larva original. Esses insetos são freqüentemente chamados de Holometábolos, o que significa que passam por uma completa (holo = total) mudança (metábolos = mudança).

Metamorfose incompleta
Aqueles insetos que nos estágios imaturos têm formas semelhantes aos adultos (com exceção das asas) são chamados de Hemimetábolos, significando que eles sofrem uma mudança parcial ou simplesmente incompleta (hemi = parcial). Durante a fase em que tais insetos ainda não atingiram a sua maturidade, recebem o nome de ninfas.

Obs.: A traça, por exemplo, não sofre metamorfose.

Muitos insetos possuem um ou dois pares de asas localizadas no segundo e terceiro segmentos torácicos e são o único grupo de invertebrados que desenvolveu a capacidade de voar, o que teve um importante papel no seu sucesso reprodutivo.
Em alguns insetos, o vôo depende muito da turbulência atmosférica, mas nos mais “primitivos” está baseado em músculos que fazem bater as asas. Noutras espécies mais “avançadas”, as asas podem ser dobradas sobre o dorso, e quando em uso são acionadas por uma ação indireta de músculos que atuam sobre a parede do tórax. Estes músculos contraem-se quando se encontram distendidos, sem necessitarem de impulsos nervosos, permitindo ao animal bater as asas muito mais rapidamente.

Os insetos jovens, depois de saírem dos ovos, sofrem uma série de mudas ou ecdises a fim de poderem crescer – uma vez que o exoesqueleto não lhes permite crescer sem o mudarem. Nas espécies que apresentam metamorfose incompleta, os juvenis, chamados ninfas, não possuem asas, e são basicamente iguais aos adultos na forma do corpo; na metamorfose completa, a eclosão do ovo produz uma larva, geralmente em forma de verme (a lagarta) que, depois de crescer, se transforma numa pupa que, muitas vezes, se encerra num casulo, ou numa crisálida, que muda consideravelmente de forma, antes de emergir como adulto.

Algumas espécies de insetos, como as formigas e as abelhas, vivem em sociedades tão bem organizadas que são por vezes consideradas superorganismos.
Muitos insetos possuem órgãos dos sentidos muito refinados; por exemplo, as abelhas podem ver a luz ultravioleta e os machos das falenas têm um forte olfato que lhes permite detectar as feromonas de fêmeas a quilômetros de distância.

O papel dos insetos no meio ambiente e na sociedade humana
Muitos insetos são considerados daninhos porque transmitem doenças (mosquitos, moscas), danificam construções (térmitas) ou destroem colheitas (gafanhotos, gorgulhos) e muitos entomologistas economistas ou agrônomos se preocupam com várias formas de lutar contra eles, por vezes usando inseticidas mas, cada vez mais, investigando métodos de biocontrole.

Apesar destes insetos prejudiciais terem mais atenção, a maioria das espécies é benéfica para o homem ou para o meio ambiente. Muitos ajudam na polinização das plantas (como as vespas, abelhas e borboletas) e evoluíram em conjunto com elas – a polinização é uma espécie de simbiose que dá às plantas a capacidade de se reproduzirem com mais eficiência, enquanto que os polinizadores ficam com o néctar e pólen.
De fato, o declínio das populações de insetos polinizadores constitui um sério problema ambiental e há muitas espécies de insetos que são criados para esse fim perto de campos agrícolas.

Alguns insetos também produzem substâncias úteis para o homem, como o mel, a cera, a laca e a seda. As abelhas (apicultura - criação de abelhas) e os bichos-da-seda (sericultura - criação do bicho-da-seda) têm sido criados pelo homem há milhares de anos e pode dizer-se que a seda afetou a história da humanidade, através do estabelecimento de relações entre a China e o resto do mundo.

Em alguns lugares do mundo, os insetos são usados na alimentação humana, enquanto que noutros são considerados tabu.

As larvas da mosca doméstica eram usadas para tratar feridas gangrenadas, uma vez que elas apenas consomem carne morta e este tipo de tratamento está a ganhar terreno atualmente em muitos hospitais.

Além disso, muitos insetos, especialmente os escaravelhos, são detritívoros, alimentando-se de animais e plantas mortas, contribuindo assim para a remineralização dos produtos orgânicos.

Embora a maior parte das pessoas não saiba provavelmente a maior utilidade dos insetos é que muitos deles são insetívoros, ou seja, alimentam-se de outros insetos, ajudando a manter o seu equilíbrio na natureza. Para qualquer espécie de inseto daninha existe uma espécie de vespa que é, ou parasitóide ou predadora dela. Por essa razão, o uso de inseticidas pode ter o efeito contrário ao desejado, uma vez que matam, não só os insetos que se pretendem eliminar, mas também os seus inimigos.

Classe: CRUSTÁCEOS
Lagostas, caranguejos, camarão, tamarutacas, tatuzinho-de-jardim, siri, cracas etc.

Os crustáceos são animais invertebrados. O grupo é bastante numeroso e diversificado e inclui cerca de 50 000 espécies descritas. A maioria dos crustáceos são organismos marinhos, como as lagostas, camarões, cracas, percebes, tatuís (Emerita brasiliensis), que vivem enterrados nas areias das praias do Brasil, os siris e os caranguejos, mas também existem crustáceos de água doce, como a pulga-d'água (Daphnia) e o camarão do rio São Francisco do estado da Bahia e mesmo crustáceos terrestres como o bicho-de-conta.
Podem encontrar-se crustáceos em praticamente todos os ambientes do mundo, desde as fossas abissais dos oceanos até glaciares e lagoas temporárias dos desertos.

Anatomia
Os crustáceos (do latim crusta = carapaça dura) têm um exoesqueleto de quitina e outras proteínas, ao qual se prendem os músculos. Para poderem crescer, estes animais têm de se desfazer do exoesqueleto "apertado" e formar um novo, a muda ou ecdise. Esse exoesqueleto é também apropriado para que esses animais não se desidratem quando estão expostos ao sol.
Os crustáceos têm, geralmente, o corpo segmentado como os anelídeos, com um par de apêndices em cada segmento. O corpo é geralmente dividido em cabeça, tórax e abdome; a fusão de segmentos é comum e, em certos grupos de crustáceos, a cabeça e o tórax encontram-se fundidos no que geralmente se chama o cefalotórax que é a região recoberta pela carapaça (espessamento sobre o exoesqueleto).
Tipicamente, apresentam dois pares de antenas na cabeça, pelo menos na fase larval, olhos pedunculados, três pares de apêndices bucais e um télson no último segmento abdominal.
As espécies menores respiram por difusão dos gases através da superfície do corpo, mas as maiores possuem brânquias, localizadas nas patas anteriores.

Alimentação
Existe uma grande variedade de hábitos alimentares nos crustáceos, podendo ser filtradores de matéria orgânica em suspensão, carnívoros, herbívoros, saprófagos. Comumente, determinados apêndices torácicos adaptaram-se para a coleta de alimento, predação ou consumo de suspensão. A boca é ventral e o trato digestivo quase sempre reto.

Reprodução
A maioria dos crustáceos é dióica, eles têm sexos separados, existem apêndices especializados para a reprodução. Algumas espécies apresentam mesmo dimorfismo sexual, não só em termos do tamanho, mas também de outras características: no caranguejo de mangal, Scylla serrata, uma espécie abundante da região indo-pacífica, a fêmea é maior que o macho e têm o abdome mais largo, podendo assim incubar os ovos com maior segurança.

Morfologia dos crustáceos
Para além das características gerais, é importante mencionar os principais apêndices de um crustáceo típico, localizados dos lados de cada segmento e cujo número e aspecto são usados para a sua identificação.

Metamorfose
Os crustáceos apresentam dois tipos de estratégias de desenvolvimento: por crescimento direto do animal que emerge do ovo e por metamorfose, através duma série de fases larvares.
O crescimento direto pode ser simples, em que o animal apenas aumenta de tamanho até atingir a maturação sexual, ou anamórfico, em que a morfologia do animal se altera em cada muda, seja pelo aumento do número de segmentos ou de apêndices no corpo; por vezes, a primeira larva pode ser bastante diferente do adulto.
O crescimento por metamorfose é uma estratégia de reprodução que assegura a maior dispersão da espécie.

Classe: ARACNÍDEOS

Os aracnídeos (do latim científico: Arachnida) são uma classe do filo dos artrópodes que inclui, dentre outros, aranhas, carrapatos, ácaros, opiliões e escorpiões, compreendendo mais de 60.000 espécies. O nome desta classe tem origem na figura da mitologia grega Arachne, por que as aranhas foram os primeiros membros a pertencer a esta classe. Quase todas as espécies são animais terrestres.

Características

Os aracnídeos têm como características básicas: 4 pares de patas articuladas (octópodes), um corpo dividido em cefalotórax e abdome.Possuem quatro pares de patas inseridas no cefalotórax, que é coberto por uma carapaça quitinosa, um par de apêndices modificado em quelícera, um par de pedipalpos que variam em forma dependendo da ordem e com funções diferenciadas, sem antenas, abdome sem divisão definida.
Podem haver particularidades, como no caso das aranhas, com a presença de glândulas fiandeiras que são utilizadas para a produção de seda e os escorpiões com a presença do aguilhão no último segmento do abdome.

Classificação dos aracnídeos
Os aracnídeos são classificados em: araneídeos (aranhas), escorpionídeos (escorpiões) e acarinos (ácaros e carrapatos).
Em algumas espécies os pedipalpos são estruturas presentes que servem para capturar as presas e noutras ainda como órgão da reprodução.

Os aracnídeos não possuem antenas nem mandíbulas. Apresentam quelíceras ao redor da boca como estruturas envolvidas na manipulação do alimento. Possuem também ao redor da boca um par de pedipalpos, estruturas que podem ter diversas funções. As aranhas e os escorpiões são basicamente carnívoros. Muitos desses predadores possuem glândulas de veneno, que utilizam para paralisar sua presa.

Respiração
Os aracnídeos respiram por filotraquéias, também denominadas pulmões foliáceos, as quais possuem lamelas que aumentam a superfície de troca gasosa no indivíduo. Nas aranhas, além das filotraquéias existem as traquéias, embora em algumas espécies menores a respiração seja cutânea.

Nutrição
Os animais desta classe são geralmente carnívoras sendo todos predadores. Algumas espécies possuem glândulas inoculadoras de veneno com as quais podem matar ou imobilizar as suas presas que são capturadas e mortas com a ajuda dos pedipalpos e quelíceras.A aranha possui uma glândula inoculadora de veneno para cada quelícera. Algumas espécies são parasitas.


Reprodução
Os aracnídeos são dióicos e reproduzem-se por fecundação interna, e produzem ovos, de onde saem indivíduos imaturos, mas semelhantes aos progenitores (sem metamorfose).


Inoculadores de veneno:
Escorpião - através do aguilhão;
Aranha - através das quelíceras;
Pseudo-escorpião - através dos pedipalpos;

Obs : A maioria das aranhas não apresenta importância médica, sendo que no Brasil são apenas três que oferecem perigo, a aranha-marrom (Loxosceles), a armadeira (Phoneutria) e a viúva-negra (Latrodectus)..
• Podem ser ovíparos ou vivíparos;
• Pode ter cuidado parental, ou seja, pais cuidando "atenciosamente" dos filhotes.

Classe:QUILÓPODES
Centopeia ou lacraia

Os quilópodes são animais de rápida locomoção, carnívoros e não se enrolam.
Quilópodes ou centípedes ou centopeias apresentam entre 15 e 191 pares de pernas dependendo de espécie e tamanho, o número de pares é sempre ímpar e por isso nenhum tem exatamente 100, a maioria das espécies de centopeias de grande porte utiliza destas patas como forma para mergulhar na terra, e como poucos insetos rastejantes, ela tapa o buraco que faz na terra sempre ao passar, como forma de defesa.

Os quilópodes, em conjunto com os diplópodes estão distribuídos cosmopolitamente nas regiões temperadas e tropicais desde o nível do mar até altas elevações no solo e no húmus; embaixo de pedras, cascas de árvores e troncos e em cavernas e musgos. A maioria é noturna e alguns vivem na zona entremarés.

Os quilópodes são predadores providos de uma garra com veneno; as quais podem levar perigo ao homem.

A maioria das espécies mede entre três e seis cm de comprimento, mas algumas como a Scolopendra gigantea podem atingir os 30 cm. Os quilópodes possuem um par de antenas, no mínimo, 12 ou mais pares de pernas locomotoras, a cabeça está recoberta por um escudo cefálico rígido e esclerotizado.
Possuem uma garra de veneno no primeiro segmento do corpo chamada de forcípulas que se conecta por um ducto a uma glândula de veneno com os quais injetam seu veneno nas presas. O seu veneno não é perigoso para o homem, nem para as crianças pequenas a não ser em casos de reações alérgicas.

As pernas anais, encontradas no último segmento do tronco, não apresentam função locomotora e sim de defesa, ataque ou sensitiva, podendo ter formas de pinça ou de antena.

Para se defenderem os quilópodes podem se esconder, pinçar com suas pernas anais, fazer autotomia das pernas (que crescem normalmente na próxima muda), atacar com suas forcípulas, excretar secreção repulsiva e se camuflarem com ambiente.

A sua alimentação faz-se à base de larvas e besouros. A troca gasosa é feita através de um sistema traqueal que possui aberturas para o meio externo chamadas de espiráculos. Os espiráculos dos quilópodes não possuem músculos e por isso não se fecham para evitar a perda d'água, com isso há a obrigatoriedade destes animais em viverem em locais úmidos. O sistema de reprodução é sexuado.
O sistema digestivo é completo, começando na boca e terminando no ânus.

Classe: DIPLÓPODES
Artrópodes que inclui os embuás ou piolhos-de-cobra ou gongolos (no sul de Moçambique, congolote). São vulgarmente conhecidos em Portugal por maria-cafés (na Madeira por bichos-de-vaca ou vacas pretas).

São animais herbívoros e detritívoros, isto é, se alimentam de detritos, como matéria vegetal morta. Quando se sentem ameaçados, os diplópodes enrolam-se, fingindo-se de mortos. Em outras situações, eliminam substâncias repelentes que afastam predadores, como o cianeto de hidrogênio. O corpo dos diplópodes é dividido somente em cabeça, pequeno tórax e um longo abdome segmentado.

Possuem um corpo cilíndrico, com um par de antenas, olhos simples e dois pares de patas locomotoras por segmento (que podem variar de 20 a 100) e seu sistema respiratório é traqueal.

Sua reprodução é sexuada. Todos os diplópodes são ovíparos.


Os diplópodes antigamente pertenciam à classe dos Miriápodes, junto com os Quilópodes. As diferenças entre as duas novas classes são que: quilópodes tem forcípulas (que inoculam veneno), diplópodes tem antenas; quilópodes são carnívoros, diplópodes são herbívoros; quilópodes são achatados, diplópodes são cilíndricos; quilópodes tem 1 par de patas por segmento, diplópodes tem 2 pares de patas por segmento.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Exercícios sobre Moluscos

Pergunta 1: Os moluscos bivalves (ostras e mexilhões) são organismos economicamente importantes como fonte de alimento para o homem, por possuir alto valor nutritivo. Eles conseguem filtrar grandes volumes de água em poucas horas, daí serem comumente chamados "organismos filtradores", mas, em consequência, podem acumular no seu tubo digestório, altas concentrações de microorganismos e compostos químicos tóxicos, eventualmente presentes na água onde vivem, assim pondo em risco a saúde pública e exercendo grande impacto social e econômico nas áreas de sua criação. Marque a opção que se refere aos moluscos:
a) Os moluscos não possuem sistema digestório.
b) Os mexilhões possuem concha com apenas uma valva.
c) Nos mexilhões, as brânquias têm função respiratória e importante papel na nutrição.
d) Os moluscos são sempre hermafroditas.

Pergunta 2: Uma pessoa tem alergia a moluscos. Em um restaurante onde são servidos "frutos do mar". Ela pode escolher, sem problemas, o prato que contenha:
a) lagosta e camarão.
b) polvo e caranguejo.
c) mexilhão e lagosta.
d) lula e polvo.

Pergunta 3: Os moluscos constituem um grupo abundante e diversificado de animais que apresentam corpo mole, com ou sem concha, simetria bilateral. Assinale a alternativa que indica corretamente todos os possíveis hábitats desses animais.
a) Ambientes aquáticos e terrestres.
b) Ambiente marinho.
c) Ambientes aquáticos: marinho e dulcícola (água doce).
d) Ambientes marinho e terrestre.

Pergunta 4: Que diferença característica permite considerar os moluscos mais complexos que os cnidários?
a) Os cnidários apresentam apenas reprodução assexuada, enquanto os moluscos apresentam reprodução sexuada.
b) Os cnidários possuem simetria bilateral, enquanto os moluscos, simetria radial.
c) Os cnidários possuem circulação aberta, enquanto todos os moluscos têm circulação fechada.
d) Os cnidários possuem sistema nervoso difuso, enquanto os moluscos o possuem bastante desenvolvido.

Pergunta 5: É encontrada apenas entre os moluscos, a estrutura:
a) esqueleto calcário.
b) tentáculos.
c) tubo digestório completo.
d) rádula.

Pergunta 6: Na escala zoológica, os primeiros animais que apresentam estruturas especializadas para a respiração são os:
a) espongiários.
b) cnidários.
c) platelmintos.
d) moluscos.

Pergunta 7: Nos pelecípodes (bivalves), o alimento é obtido graças a uma camada de muco que recobre:
a) o pé.
b) a boca.
c) as brânquias.
d) a concha.

Pergunta 8: Os invertebrados que possuem olhos estruturalmente semelhantes aos dos vertebrados são os:
a) insetos.
b) cefalópodes.
c) crustáceos.
d) gastrópodes.

Pergunta 9: Polvo, mexilhão, lesma e lula são animais pertencentes:
a) ao mesmo filo e à mesma classe.
b) ao mesmo filo, porém a classes diferentes.
c) A filos diferentes
d) À mesma classe

Pergunta 10: A produção de pérolas requer a introdução artificial de pequenas partículas estranhas no manto. Esta circunda o corpo estranho e secreta camadas sucessivas de nácar sobre ele. Os animais são mantidos em cativeiro por muitos anos até que as pérolas sejam formadas. Os animais utilizados nesse processo pertencem, respectivamente, ao filo e à classe:
a) Molusco e Gastrópodes.
b) Artrópodes e Insetos.
c) Molusco e Cefalópodes.
d) Molusco e Bivalves.

www.professor.bio.br/provas_topicos.asp

Moluscos, animais de corpo mole


Ao passear na areias de uma praia, muitas pessoas gostam de admirar e pegar conchinhas trazidas pelas ondas. Essas conchinhas são de diversos tamanhos, formas e cores. Muitas vezes, se tornam bijuterias, pequenos enfeites, ou até mesmo elementos de uma coleção.

Os moluscos têm uma composição frágil, são animais de corpo mole, mas a maioria deles possui uma concha que protege o corpo. Nesse grupo, encontramos o caracol, o marisco e a ostra. Há também os que apresentam a concha interna e reduzida, como a lula, e os que não têm concha, como o polvo e a lesma, entre outros exemplos.
A concha da ostra protege de predadores, da dissecação etc.
A concha é importante para proteger esses animais e evitar a perda de água. Ela é produzida por glândulas localizadas sob a pele, uma região chamada de manto.
Ela não é uma parte viva do corpo do molusco; conforme o animal aumenta de tamanho, novo material é acrescentado à concha, que pode variar de forma e tamanho e ser formada por uma ou mais peças.


Onde vivem os moluscos
Você pode encontrar moluscos no mar, na água doce e na terra. Por exemplo: o caramujo e a lesma ficam em canteiros de horta, jardim, enfim, onde houver vegetação e a terra estiver bem úmida, após uma boa chuva; ficam também sobre plantas aquáticas em lagos, beira de rios etc. O grande caramujo marinho vive se arrastando nas rochas ou areias no fundo do mar. Já as ostras e o marisco fixam-se nas rochas no litoral, enquanto a lula e polvo nadam livremente nas águas marinhas.
No tempo em que ainda não havia vida no ambiente terrestre, os moluscos - com a sua concha protetora - já habitavam os mares. O caramujo do mar é uma das espécies que têm 500 milhões de anos de história. Portanto ele já existia há alguns milhões de anos antes dos peixes surgirem no mar. Fósseis revelam que esses seres, atualmente pequenos, foram, no passado, bem maiores, pois há concha fóssil de 2,5 metros.

O corpo dos moluscos
Como já vimos, os moluscos têm corpo mole. A sua pele produz uma secreção viscosa, também conhecida por muco, que facilita principalmente a sua locomoção sobre troncos de árvores e pedras ásperas, sem machucar o corpo.
O corpo desse tipo de animal é composto por: cabeça, pés e massa visceral. A massa visceral fica dentro da concha e compreende os sistemas digestório e reprodutor.


Classificação dos moluscos
A forma e o tipo da concha são alguns dos critérios usados na classificação dos moluscos. Atualmente, esses animais estão divididos em três classes: os gastrópodes, os bivalves e os cefalópodes.

1- Gastrópodes (“pés no ventre”) ou univalves

A concha única, em espiral, é característica típica do grupo dos gastrópodes. Por essa razão, são chamados univalves (uni significa "única", e valve, "peça").
Entre os gastrópodes, estão o caracol e o caramujo; a lesma, apesar de não apresentar concha ou apresentá-la muito reduzida, também está incluída nesse grupo.
Os gastrópodes são animais aquáticos ou terrestres de ambiente úmido. Os aquáticos respiram por meios de brânquias, enquanto os terrestres apresentam pulmões.
A cabeça (bem desenvolvida) da lesma, do caracol e do caramujo possui dois pares de tentáculos, semelhantes na aparência a antenas. Os olhos ficam nas extremidades do par de tentáculos mais longos.
Na boca, existe a rádula, um tipo de "língua raspadora" que facilita a alimentação desses animais.


2- Bivalves ou pelecípodes(pé em forma de machado)ou lamelibrânquios(brânquias laminares)

Os bivalves apresentam concha com duas peças fechadas por fortes músculos
(bi significa "duas", e valve, "peça"). São seres aquáticos e, em geral, vivem no ambiente marinho.
Eles são animais filtradores, isto é, retiram o alimento da água. Não possuem cabeça, nem rádula (são os únicos moluscos desprovidos dessa espécie de língua), nem tentáculos. Sua massa visceral fica totalmente protegida pela concha. O pé se expande para fora quando as conchas se abrem.
A respiração desses animais é branquial; as conchas permitem que uma corrente de água circule entre as brânquias, que absorvem e filtram o oxigênio dissolvido na água. Em relação à reprodução em geral os sexos são separados, e a união dos gametas, ou seja, a fecundação é externa. Na água, a fêmea solta os óvulos, e o macho solta os espermatozóides. As células se encontram, ocorre a fecundação e se forma os ovos.

3- Cefalópodes (“pés na cabeça”)

Cefalópode é uma palavra de origem grega; vem de Kephale, que significa "cabeça", e de pode, "pé“ – pés ligados à cabeça. Designa um grupo de moluscos do qual fazem parte o polvo, a lula.
A concha pode não existir (como no polvo), ser interna e reduzida (como na lula) ou ser externa (como no náutilos).
Os cefalópodes apresentam cabeça grande, olhos bem desenvolvidos, semelhantes aos dos vertebrados e capazes de distinguir cores e rádula dentro da boca. Possuem oito (polvo), dez (lula) ou mais tentáculos (náutilo), que são "braços" alongados.
Alguns cefalópodes fabricam uma tinta escura chamada sépia, que é guardada numa bolsa (tinteiro) que fica no interior do corpo. Quando atacados por predadores, esses animais soltam jatos de tinta que tingem a água. Assim eles podem fugir sem serem caçados.
Esses animais têm a circulação fechada - isto é, o sangue só circula no interior dos vasos, diferente dos outros moluscos.
A respiração é branquial. Eles têm um sistema nervoso bastante desenvolvido se comparado ao de outros invertebrados. Além da visão, o olfato é bem apurado.
Esses moluscos, em geral, têm sexos separados e a fecundação é interna. Há pesquisas que indicam que algumas espécies de polvo cuidam dos filhotes, protegendo-os dos predadores.

Como recurso de defesa, alguns moluscos contam com a camuflagem. Ao mudarem de cor são confundidos com o ambiente. A lula e o polvo, por exemplo, expelem uma substância escura na água. Isto confunde os predadores desses moluscos, permitindo a sua fuga.

PERGUNTAS INTERESSANTES

Como animais bivalves e univalves se prendem às suas conchas?
Entre a concha e o manto existe um espaço conhecido como cavidade do manto, nele estruturas especiais se projetam a fixar a concha nos univalves. Os bivalves possuem uma substância fixadora.

Como se controla a cor de uma concha?
Varia conforme a região de procedência, luminosidade e condições ambientais.

A partir de que animal marinho fazia-se a tinta da Índia?
O polvo se defende expelindo a tinta conhecida como sépia.

Que molusco deixa um rastro brilhante?
A lesma, o rastro é uma substância que serve para ela escorregar e se locomover com maior facilidade.

Que conchas eram usadas como dinheiro por tribos antigas?
As Cypraea foram utilizadas inclusive por portugueses e holandeses como dinheiro. Aliás, o nome popular da Cypraea em inglês é Cowrie, que nada mais é a palavra portuguesa Cauri (Concha) adaptada para o inglês. Os holandeses têm registros de 4,7 bilhões de Cypraea comercializadas entre 1669 e 1766!

Que concha é considerada sagrada pelos tibetanos?
A concha simpulum.

A tinta púrpura, dos tempos antigos, era retirada da secreção de que molusco?
É retirada do murice das conchas.

Qual é a fonte das pérolas? Como se formam?
São as ostras, que fazem as pérolas através de processos químicos com a areia de seu interior.

Usos comerciais.
Servem para coleção e enfeites, cal, produção de pérolas,farinha de conchas para aves.


Os moluscos e o homem
Muitos moluscos são usados na alimentação ou como matéria-prima para a indústria.

Polvos, mariscos, ostras e lulas, entre outros, além de saborosos, são muito nutritivos e ricos em proteínas, vitaminas, cálcio, fosfatos e outras substâncias.

Alguns moluscos são filtradores e acumulam resíduos de águas contaminadas no corpo que, ao serem ingeridos, podem causar paralisia e até mesmo a morte. Por isso é importante comprá-los em locais que garantam segurança para serem usados na alimentação.

Na indústria, as conchas dos moluscos são usadas para fabricar botões e bijuterias e também para fazer adubos.

As pérolas verdadeiras, de grande valor comercial, são produzidas por ostras. É a forma pela qual se defendem de objetos estranhos que penetram em seu corpo e ficam entre o manto e a concha. Assim, quando um grão de areia, por exemplo, penetra nesta região, a ostra produz camadas de madrepérola ao redor do grão, originando a pérola.


C U R I O S I D A D E S

- A espessura e a forma das conchas dos moluscos estão relacionadas com a adaptação ao ambiente em que eles vivem. Os caracóis possuem uma concha fina, que não prejudica sua locomoção em ambiente terrestre. O caramujo tem uma concha mais espessa, capaz de resistir ao choque das ondas. Os bivalves (pelecípodes) apresentam conchas achatadas de duas valvas, prendendo-se às rochas e resistindo à força da água. Os polvos e as lulas não possuem conchas externas e isso permite uma locomoção ágil por propulsão com jatos de água.

- Experimentos demonstram que substância química encontrada na tinta do polvo é capaz de curar câncer ==> Sabe-se ainda muito pouco sobre as propriedades de várias substâncias encontradas nos animais e vegetais. Alguns pesquisadores japoneses, entretanto, descobriram que existe uma substância química na tinta do polvo que é capaz de curar alguns tipos de câncer. Trata-se de um polissacarídeo (uma molécula grande de carboidrato como o amido do arroz).
Fazendo experimentos com essa substância, os cientistas a aplicaram em parte de um grupo de animais que possuíam a doença. Os animais doentes que não foram tratados morreram e 60% dos que foram submetidos à substância melhoraram sensivelmente.
Inibindo a divisão das células doentes - mas ainda não se sabe como -, a substância tem a vantagem de não gerar efeitos colaterais.

- Por que as lesmas derretem quando jogamos sal sobre elas => As lesmas possuem uma pele muito fina. Vivem em lugares úmidos e sombrios e, assim, não ocorrem grandes taxas de transpiração através da pele, fato que poderia provocar a desidratação desses animais.
Quando jogamos sal na lesma, ela perde água e se desidrata.

Mas, nesse caso, por que ocorre a desidratação?
É que o sal se dissolve na superfície da pele úmida do animal, formando uma solução salina, em que a água é o solvente e o sal é o soluto. Essa solução salina é muito mais concentrada em solutos (sais) do que a solução dos fluidos do corpo do animal. Assim, ocorre um fenômeno chamado de osmose, em que a água se desloca espontaneamente de uma solução mais concentrada em soluto para outra menos concentrada, até que essas soluções tenham a mesma concentração. Por isso, a lesma perde muita água e morre desidratada.


Vale lembrar que não se deve fazer isso, porque o animal sofre e isso não é justo.
Mesmo um animal pequeno é importante para o equilíbrio do ecossistema.


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