quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Filo: Equinodermos

       Equinodermos – espinhos na pele.
São conhecidas aproximadamente 6000 espécies pertencentes ao filo Equinodermos.
Os equinodermos, animais exclusivamente marinhos, são dotados de uma esqueleto interno (endoesqueleto) calcário que emite espinhos salientes; daí o nome desse grupo (echinos = "espinho"; derma = "pele").
Esses animais de epiderme e esqueleto interno calcários, podendo apresentar espinhos. De hábito exclusivamente marinho, podem viver livres ou presos por pendúnculo, na região bentônica. No estágio larval, possuem simetria bilateral e, quando adultos, simetria radial.

O sistema hidrovascular (ou ambulacrário ou aquífero), uma característica peculiar do filo, desempenha funções de locomoção, fixação e captura de alimentos. Além disso, auxilia na respiração e excreção. Ele consiste em canais cheios de água marinha, que penetram no corpo por uma placa perfurada denominada madreporito, e se comunicam com os pés ambulacrais, presentes na superfície do corpo. A pressão exercida na água pelos pés ambulacrais permite a locomoção, fixação e captura de alimentos desses animais.

O sistema digestório é completo, com digestão extracelular. O sistema circulatório pode ser ausente ou reduzido, dependendo da espécie, sendo as substâncias predominantemente distribuídas via celoma.

O sistema respiratório pode ser reduzido ou ausente. No primeiro caso, a respiração é branquial. Não há sistema excretor: as excreções são lançadas diretamente no sistema hidrovascular.

O sistema nervoso é composto por um anel nervoso que circunda a boca, local onde estão os nervos radiais. Podem existir olhos simples, células táteis e olfativas.

A reprodução é sexuada. Os animais, dioicos(sexos separados), liberam os gametas na água. Após a fecundação, há o desenvolvimento de um ou mais tipos de larva, até que atinjam a idade adulta. Possuem excelente capacidade de regeneração.   Fecundação externa. Desenvolvimento indireto.
Possuem excelente capacidade de regeneração.
  

   Este filo possui cinco classes principais de acordo com a forma do corpo: em forma de estrela de forma e braços ocos; em forma de estrela e braços cilíndricos; em forma de globo coberto de espinhos; com braços ramificados; e de corpo cilíndrico.
CLASSES:

ASTEROIDES 

Representada pelas estrelas-do-mar, habitantes de costas marinhas, praias e rochas.

Têm o corpo achatado e em forma de estrela. Apresentam cinco pontas ocas, chamadas braços ; mas há animais dessa classe com mais de cinco braços. Nos braços encontram-se os pés ambulacrários. . Existem estrelas-do-mar dos mais variados tamanhos.
Uma estrela-do-mar consegue abrir a concha de um molusco (ostra) quando esta se encontra firmemente fechada, da seguinte forma: agarrando a concha com os seus cinco braços, ela pode expelir o estômago para fora, através da boca, e virá-lo do avesso; o estômago, então, penetra no interior da concha da ostra e libera suco digestivo. Após a digestão, os nutrientes são absorvidos.
Possuem, geralmente, cinco braços, sendo que estes não partem de um disco central. São carnívoras e necrófagas.


             Regeneração
Esse fenômeno de regeneração de parte do corpo representa uma vantagem para esses animais, que, quando atacados ou em iminente perigo, "entregam" parte do seu corpo para o predador, enquanto procuram se esconder.
Se o disco central estiver intacto, há espécies de estrela-do-mar que conseguem se locomover e se alimentar com apenas um dos braços, enquanto ocorre o processo de regeneração através de divisões celulares.


OFIUROIDES


Representada pelas serpentes-do-mar: animais noturnos que, durante o dia, se enterram no substrato ou se escondem sob pedras ou plantas. São parecidos com as estrelas-do-mar, mas seus braços são mais longos, esguios e articulados, e partem do disco central. São raspadores e necrófagos.


                                                          HOLOTUROIDES


Representada pelos pepinos-do-mar, indivíduos de corpo alongado e mole, em razão da ausência de carapaça. Vivem, geralmente, enterrados. São comensais e parasitas de algumas espécies de anelídeos, caranguejos e peixes.
Algumas espécies apresentam uma forma curiosa de regeneração: ao ser atacado por um caranguejo ou um peixe, por exemplo, o animal expele uma série de filamentos aderentes ou tóxicos pelo ânus. Enquanto os predadores se desvencilham dessa substância, o pepino-do-mar aproveita para fugir. Em algumas semanas, o animal produz novamente esses filamentos.


EQUINOIDES


Animais de corpo arredondado, sem braços, com espinhos móveis e delgados: bolacha-de-praia e ouriço-do-mar. Os primeiros se alimentam de partículas orgânicas; os ouriços, de plantas marinhas e partículas orgânicas, e vivem em fendas de rochas circundadas pela água do mar. Possuem menor capacidade de regeneração.

Nos ouriços, a boca fica no centro da face inferior e contém cinco dentes calcários, que servem para raspar alimento, principalmente algas que ficam coladas nas rochas. Os dentes fazem parte de uma estrutura interna chamada lanterna-de-aristóteles, uma homenagem ao filósofo grego Aristóteles.


 
CRINOIDES


Representada pelos lírios-do-mar, animais de braços ramificados e bastante brilhantes. Vivem em locais mais profundos, inclusive na região abissal, fixados por pedúnculo ao solo ou a recifes. Alimentam-se de plâncton microscópico e detritos.
A boca e o ânus ficam na parte superior do disco central, de onde partem os braços.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
www.brasilescola.com/biologia/equinodermos

Um comentário:

  1. Ei Delza, mesmo nessa semana de folga passei aqui e vi esse texto sobre os equinodermos, pois tenho que continuar apita à matéria.

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