domingo, 18 de setembro de 2011

Filo: Artrópodes – patas articuladas

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Filo: Artrópodes – patas articuladas

Os Artrópodes (do grego arthros: articulado e podos: pés, patas, apêndices) são animais invertebrados caracterizados por possuírem membros rígidos, articulados, com vários pares de pernas, que variam em número de acordo com as classes. Compõem o maior filo de animais existentes, representados por animais como os gafanhotos (insetos), as aranhas (aracnídeos), os caranguejos (crustáceos), as centopeias (quilópodes) e embuás (diplópodes), somam mais de um milhão de espécies descritas ("apenas" mais de 890.000 segundo outros autores). Mais de 4/5 das espécies existentes são Artrópodes, que vão desde as formas microscópicas de plâncton com menos de 1/4 de milímetro, até crustáceos com mais de 3 metros de espessura.

Os artrópodes habitam praticamente todo o tipo de ambiente: aquático e terrestre e representam os únicos invertebrados voadores. Existem representantes parasitas e simbióticos. Índice
Anatomia dos artrópodes

Os artrópodes têm apêndices articulados e o corpo segmentado, envolvido num exoesqueleto de quitina. Os apêndices estão especializados para a alimentação, para a percepção sensorial, para defesa e para a locomoção. São estas "patas articuladas" que dão o nome ao filo. O exoesqueleto é uma camada de cutícula quitinosa que reveste externamente todo o corpo dos artrópodes. Ele apresenta placas articuladas e contínuas. A presença de fenol na placa a deixa mais rígida e com a cor mais escura.

Eles têm corpo segmentado, mas não é tão evidente como nos anelídeos; isso porque os segmentos diferenciam-se durante o desenvolvimento, alguns deles fundindo-se para a formação de partes que, como nos insetos, são tipicamente: cabeça, tórax e abdome.

Dentre as diferentes classes de artrópodes há casos em que duas ou mais partes se unem formando uma única peça como é o caso de certos grupos de crustáceos em que a cabeça e tórax se unem formando o cefalotórax e nos quilópodes e diplópodes em que o tórax se une com o abdômen formando o tronco.

O primeiro segmento da cabeça é denominado cabeça normalmente suporta os olhos, que podem ser simples ou compostos. Cada segmento contém, pelo menos primitivamente, um par de apêndices.
Para poderem crescer, os artrópodes têm de se desfazer do exoesqueleto "apertado" e formar um novo, num processo denominado muda ou ecdise (é uma troca periódica do exoesqueleto, sendo o tempo e a quantidade de trocas variáveis de acordo com a espécie e as condições ambientais). O ponto de começo da ecdise é na linha de muda.
Os artrópodes são geralmente dióicos, com fecundação interna, utilizando de apêndices modificados para transferência de espermatozóides.


Classificação dos artrópodes
Um grupo tão numeroso e diversificado, tanto em espécies atuais como extintas, como os artrópodes teria de ser necessariamente difícil de classificar.


Classe: INSETOS

Os insetos são invertebrados com exoesqueleto quitinoso, corpo dividido em três segmentos (cabeça, tórax e abdome), três pares de patas articuladas (hexápodes), olhos compostos e duas antenas. A classe dos insetos compõe o maior e mais largamente distribuído grupo de animais do filo Artrópodes e, consequentemente, dentre todos os animais.

A ciência que se dedica a estudar os insetos é conhecida como Entomologia.

Os insetos são o grupo de animais mais diversificado existente na Terra. Embora não haja um consenso entre os entomologistas, estima-se que existam de 5 a 10 milhões de espécies diferentes, sendo que quase 1 milhão destas espécies já foi catalogado. Os insetos podem ser encontrados em quase todos os ecossistemas do planeta, mas só um pequeno número de espécies se adaptou à vida nos oceanos.

Os insetos atuais são geralmente pequenos e têm o corpo segmentado, protegido por um exoesqueleto rígido de um material conhecido como quitina. Podem ser caracterizados como animais de simetria bilateral. O corpo é dividido em três partes distintas, que são interligadas entre si: cabeça, tórax e abdome. Na cabeça encontram-se um par de antenas sensoriais, um par de olhos compostos, dois ou três olhos simples ou ocelos e as peças bucais: um par de mandíbulas, um par de maxilas e a hipofaringe. Outras estruturas que fazem parte do aparelho bucal dos insetos. Essas peças são modificadas em cada grupo para atender aos diferentes hábitos alimentares, formando diversos tipos de aparelhos bucais (sugador, mastigador, triturador e lambedor).
O tórax dos insetos possui seis segmentadas pernas distribuídas por três pares: um para o protórax, outro para o mesotórax e o último par para o metatórax — que são os segmentos que compõem o tórax. Em determinadas espécies podemos encontrar também um par de asas no mesotórax e outro par no metatórax. O abdome é composto por onze segmentos, embora em algumas espécies de insetos esses segmentos possam ser fundidos ou reduzidos de tamanho. O abdome também contém a maior parte do aparelho digestivo, respiratório, excretor e estruturas internas reprodutivas.

Anatomia Interna

Têm um sistema digestivo completo, consistindo num tubo que vai da boca ao ânus.
Normalmente não excretam água com as fezes, permitindo-lhes conservá-la e, assim, sobreviver em ambientes áridos.
As traquéias têm aberturas na cutícula chamadas espiráculos, por onde são feitas as trocas gasosas.

Reprodução
A grande maioria dos insetos nascem a partir de ovos depositados por sua genitora em locais propícios ao seu desenvolvimento (como em plantas) — o que os classifica como sendo ovíparos. Entretanto, existem casos em que certas espécies de insetos (como a barata Blatella germanica) nascem imediatamente após a postura dos ovos, o que classifica a tais como sendo ovovivíparos. Também existem algumas espécies que são consideradas vivíparas, como é frequente nos pulgões, onde os insetos recém-nascidos saem dos ovos ainda dentro do corpo da mãe. Em certas espécies de vespas parasitas, identifica-se o fenômeno da poliembrionia, onde um único óvulo fertilizado se divide em muitos, em alguns casos, até mesmo milhares de embriões distintos.

Metamorfose

A metamorfose nos insetos é um processo biológico de desenvolvimento pela qual as espécies crescem e mudam de forma. Existem duas formas básicas de metamorfose: a metamorfose completa e a metamorfose incompleta.
Metamorfose completa
A maioria dos insetos grandes tem um ciclo de vida típico que se inicia num ovo, que origina uma larva que se alimenta, ocasionando ecdises (ou trocas de pele) onde cresce, transformando-se em pupa (ou casulo) e em seguida, surge como um inseto adulto que se parece muito diferente da larva original. Esses insetos são freqüentemente chamados de Holometábolos, o que significa que passam por uma completa (holo = total) mudança (metábolos = mudança).

Metamorfose incompleta
Aqueles insetos que nos estágios imaturos têm formas semelhantes aos adultos (com exceção das asas) são chamados de Hemimetábolos, significando que eles sofrem uma mudança parcial ou simplesmente incompleta (hemi = parcial). Durante a fase em que tais insetos ainda não atingiram a sua maturidade, recebem o nome de ninfas.

Obs.: A traça, por exemplo, não sofre metamorfose.

Muitos insetos possuem um ou dois pares de asas localizadas no segundo e terceiro segmentos torácicos e são o único grupo de invertebrados que desenvolveu a capacidade de voar, o que teve um importante papel no seu sucesso reprodutivo.
Em alguns insetos, o vôo depende muito da turbulência atmosférica, mas nos mais “primitivos” está baseado em músculos que fazem bater as asas. Noutras espécies mais “avançadas”, as asas podem ser dobradas sobre o dorso, e quando em uso são acionadas por uma ação indireta de músculos que atuam sobre a parede do tórax. Estes músculos contraem-se quando se encontram distendidos, sem necessitarem de impulsos nervosos, permitindo ao animal bater as asas muito mais rapidamente.

Os insetos jovens, depois de saírem dos ovos, sofrem uma série de mudas ou ecdises a fim de poderem crescer – uma vez que o exoesqueleto não lhes permite crescer sem o mudarem. Nas espécies que apresentam metamorfose incompleta, os juvenis, chamados ninfas, não possuem asas, e são basicamente iguais aos adultos na forma do corpo; na metamorfose completa, a eclosão do ovo produz uma larva, geralmente em forma de verme (a lagarta) que, depois de crescer, se transforma numa pupa que, muitas vezes, se encerra num casulo, ou numa crisálida, que muda consideravelmente de forma, antes de emergir como adulto.

Algumas espécies de insetos, como as formigas e as abelhas, vivem em sociedades tão bem organizadas que são por vezes consideradas superorganismos.
Muitos insetos possuem órgãos dos sentidos muito refinados; por exemplo, as abelhas podem ver a luz ultravioleta e os machos das falenas têm um forte olfato que lhes permite detectar as feromonas de fêmeas a quilômetros de distância.

O papel dos insetos no meio ambiente e na sociedade humana
Muitos insetos são considerados daninhos porque transmitem doenças (mosquitos, moscas), danificam construções (térmitas) ou destroem colheitas (gafanhotos, gorgulhos) e muitos entomologistas economistas ou agrônomos se preocupam com várias formas de lutar contra eles, por vezes usando inseticidas mas, cada vez mais, investigando métodos de biocontrole.

Apesar destes insetos prejudiciais terem mais atenção, a maioria das espécies é benéfica para o homem ou para o meio ambiente. Muitos ajudam na polinização das plantas (como as vespas, abelhas e borboletas) e evoluíram em conjunto com elas – a polinização é uma espécie de simbiose que dá às plantas a capacidade de se reproduzirem com mais eficiência, enquanto que os polinizadores ficam com o néctar e pólen.
De fato, o declínio das populações de insetos polinizadores constitui um sério problema ambiental e há muitas espécies de insetos que são criados para esse fim perto de campos agrícolas.

Alguns insetos também produzem substâncias úteis para o homem, como o mel, a cera, a laca e a seda. As abelhas (apicultura - criação de abelhas) e os bichos-da-seda (sericultura - criação do bicho-da-seda) têm sido criados pelo homem há milhares de anos e pode dizer-se que a seda afetou a história da humanidade, através do estabelecimento de relações entre a China e o resto do mundo.

Em alguns lugares do mundo, os insetos são usados na alimentação humana, enquanto que noutros são considerados tabu.

As larvas da mosca doméstica eram usadas para tratar feridas gangrenadas, uma vez que elas apenas consomem carne morta e este tipo de tratamento está a ganhar terreno atualmente em muitos hospitais.

Além disso, muitos insetos, especialmente os escaravelhos, são detritívoros, alimentando-se de animais e plantas mortas, contribuindo assim para a remineralização dos produtos orgânicos.

Embora a maior parte das pessoas não saiba provavelmente a maior utilidade dos insetos é que muitos deles são insetívoros, ou seja, alimentam-se de outros insetos, ajudando a manter o seu equilíbrio na natureza. Para qualquer espécie de inseto daninha existe uma espécie de vespa que é, ou parasitóide ou predadora dela. Por essa razão, o uso de inseticidas pode ter o efeito contrário ao desejado, uma vez que matam, não só os insetos que se pretendem eliminar, mas também os seus inimigos.

Classe: CRUSTÁCEOS
Lagostas, caranguejos, camarão, tamarutacas, tatuzinho-de-jardim, siri, cracas etc.

Os crustáceos são animais invertebrados. O grupo é bastante numeroso e diversificado e inclui cerca de 50 000 espécies descritas. A maioria dos crustáceos são organismos marinhos, como as lagostas, camarões, cracas, percebes, tatuís (Emerita brasiliensis), que vivem enterrados nas areias das praias do Brasil, os siris e os caranguejos, mas também existem crustáceos de água doce, como a pulga-d'água (Daphnia) e o camarão do rio São Francisco do estado da Bahia e mesmo crustáceos terrestres como o bicho-de-conta.
Podem encontrar-se crustáceos em praticamente todos os ambientes do mundo, desde as fossas abissais dos oceanos até glaciares e lagoas temporárias dos desertos.

Anatomia
Os crustáceos (do latim crusta = carapaça dura) têm um exoesqueleto de quitina e outras proteínas, ao qual se prendem os músculos. Para poderem crescer, estes animais têm de se desfazer do exoesqueleto "apertado" e formar um novo, a muda ou ecdise. Esse exoesqueleto é também apropriado para que esses animais não se desidratem quando estão expostos ao sol.
Os crustáceos têm, geralmente, o corpo segmentado como os anelídeos, com um par de apêndices em cada segmento. O corpo é geralmente dividido em cabeça, tórax e abdome; a fusão de segmentos é comum e, em certos grupos de crustáceos, a cabeça e o tórax encontram-se fundidos no que geralmente se chama o cefalotórax que é a região recoberta pela carapaça (espessamento sobre o exoesqueleto).
Tipicamente, apresentam dois pares de antenas na cabeça, pelo menos na fase larval, olhos pedunculados, três pares de apêndices bucais e um télson no último segmento abdominal.
As espécies menores respiram por difusão dos gases através da superfície do corpo, mas as maiores possuem brânquias, localizadas nas patas anteriores.

Alimentação
Existe uma grande variedade de hábitos alimentares nos crustáceos, podendo ser filtradores de matéria orgânica em suspensão, carnívoros, herbívoros, saprófagos. Comumente, determinados apêndices torácicos adaptaram-se para a coleta de alimento, predação ou consumo de suspensão. A boca é ventral e o trato digestivo quase sempre reto.

Reprodução
A maioria dos crustáceos é dióica, eles têm sexos separados, existem apêndices especializados para a reprodução. Algumas espécies apresentam mesmo dimorfismo sexual, não só em termos do tamanho, mas também de outras características: no caranguejo de mangal, Scylla serrata, uma espécie abundante da região indo-pacífica, a fêmea é maior que o macho e têm o abdome mais largo, podendo assim incubar os ovos com maior segurança.

Morfologia dos crustáceos
Para além das características gerais, é importante mencionar os principais apêndices de um crustáceo típico, localizados dos lados de cada segmento e cujo número e aspecto são usados para a sua identificação.

Metamorfose
Os crustáceos apresentam dois tipos de estratégias de desenvolvimento: por crescimento direto do animal que emerge do ovo e por metamorfose, através duma série de fases larvares.
O crescimento direto pode ser simples, em que o animal apenas aumenta de tamanho até atingir a maturação sexual, ou anamórfico, em que a morfologia do animal se altera em cada muda, seja pelo aumento do número de segmentos ou de apêndices no corpo; por vezes, a primeira larva pode ser bastante diferente do adulto.
O crescimento por metamorfose é uma estratégia de reprodução que assegura a maior dispersão da espécie.

Classe: ARACNÍDEOS

Os aracnídeos (do latim científico: Arachnida) são uma classe do filo dos artrópodes que inclui, dentre outros, aranhas, carrapatos, ácaros, opiliões e escorpiões, compreendendo mais de 60.000 espécies. O nome desta classe tem origem na figura da mitologia grega Arachne, por que as aranhas foram os primeiros membros a pertencer a esta classe. Quase todas as espécies são animais terrestres.

Características

Os aracnídeos têm como características básicas: 4 pares de patas articuladas (octópodes), um corpo dividido em cefalotórax e abdome.Possuem quatro pares de patas inseridas no cefalotórax, que é coberto por uma carapaça quitinosa, um par de apêndices modificado em quelícera, um par de pedipalpos que variam em forma dependendo da ordem e com funções diferenciadas, sem antenas, abdome sem divisão definida.
Podem haver particularidades, como no caso das aranhas, com a presença de glândulas fiandeiras que são utilizadas para a produção de seda e os escorpiões com a presença do aguilhão no último segmento do abdome.

Classificação dos aracnídeos
Os aracnídeos são classificados em: araneídeos (aranhas), escorpionídeos (escorpiões) e acarinos (ácaros e carrapatos).
Em algumas espécies os pedipalpos são estruturas presentes que servem para capturar as presas e noutras ainda como órgão da reprodução.

Os aracnídeos não possuem antenas nem mandíbulas. Apresentam quelíceras ao redor da boca como estruturas envolvidas na manipulação do alimento. Possuem também ao redor da boca um par de pedipalpos, estruturas que podem ter diversas funções. As aranhas e os escorpiões são basicamente carnívoros. Muitos desses predadores possuem glândulas de veneno, que utilizam para paralisar sua presa.

Respiração
Os aracnídeos respiram por filotraquéias, também denominadas pulmões foliáceos, as quais possuem lamelas que aumentam a superfície de troca gasosa no indivíduo. Nas aranhas, além das filotraquéias existem as traquéias, embora em algumas espécies menores a respiração seja cutânea.

Nutrição
Os animais desta classe são geralmente carnívoras sendo todos predadores. Algumas espécies possuem glândulas inoculadoras de veneno com as quais podem matar ou imobilizar as suas presas que são capturadas e mortas com a ajuda dos pedipalpos e quelíceras.A aranha possui uma glândula inoculadora de veneno para cada quelícera. Algumas espécies são parasitas.


Reprodução
Os aracnídeos são dióicos e reproduzem-se por fecundação interna, e produzem ovos, de onde saem indivíduos imaturos, mas semelhantes aos progenitores (sem metamorfose).


Inoculadores de veneno:
Escorpião - através do aguilhão;
Aranha - através das quelíceras;
Pseudo-escorpião - através dos pedipalpos;

Obs : A maioria das aranhas não apresenta importância médica, sendo que no Brasil são apenas três que oferecem perigo, a aranha-marrom (Loxosceles), a armadeira (Phoneutria) e a viúva-negra (Latrodectus)..
• Podem ser ovíparos ou vivíparos;
• Pode ter cuidado parental, ou seja, pais cuidando "atenciosamente" dos filhotes.

Classe:QUILÓPODES
Centopeia ou lacraia

Os quilópodes são animais de rápida locomoção, carnívoros e não se enrolam.
Quilópodes ou centípedes ou centopeias apresentam entre 15 e 191 pares de pernas dependendo de espécie e tamanho, o número de pares é sempre ímpar e por isso nenhum tem exatamente 100, a maioria das espécies de centopeias de grande porte utiliza destas patas como forma para mergulhar na terra, e como poucos insetos rastejantes, ela tapa o buraco que faz na terra sempre ao passar, como forma de defesa.

Os quilópodes, em conjunto com os diplópodes estão distribuídos cosmopolitamente nas regiões temperadas e tropicais desde o nível do mar até altas elevações no solo e no húmus; embaixo de pedras, cascas de árvores e troncos e em cavernas e musgos. A maioria é noturna e alguns vivem na zona entremarés.

Os quilópodes são predadores providos de uma garra com veneno; as quais podem levar perigo ao homem.

A maioria das espécies mede entre três e seis cm de comprimento, mas algumas como a Scolopendra gigantea podem atingir os 30 cm. Os quilópodes possuem um par de antenas, no mínimo, 12 ou mais pares de pernas locomotoras, a cabeça está recoberta por um escudo cefálico rígido e esclerotizado.
Possuem uma garra de veneno no primeiro segmento do corpo chamada de forcípulas que se conecta por um ducto a uma glândula de veneno com os quais injetam seu veneno nas presas. O seu veneno não é perigoso para o homem, nem para as crianças pequenas a não ser em casos de reações alérgicas.

As pernas anais, encontradas no último segmento do tronco, não apresentam função locomotora e sim de defesa, ataque ou sensitiva, podendo ter formas de pinça ou de antena.

Para se defenderem os quilópodes podem se esconder, pinçar com suas pernas anais, fazer autotomia das pernas (que crescem normalmente na próxima muda), atacar com suas forcípulas, excretar secreção repulsiva e se camuflarem com ambiente.

A sua alimentação faz-se à base de larvas e besouros. A troca gasosa é feita através de um sistema traqueal que possui aberturas para o meio externo chamadas de espiráculos. Os espiráculos dos quilópodes não possuem músculos e por isso não se fecham para evitar a perda d'água, com isso há a obrigatoriedade destes animais em viverem em locais úmidos. O sistema de reprodução é sexuado.
O sistema digestivo é completo, começando na boca e terminando no ânus.

Classe: DIPLÓPODES
Artrópodes que inclui os embuás ou piolhos-de-cobra ou gongolos (no sul de Moçambique, congolote). São vulgarmente conhecidos em Portugal por maria-cafés (na Madeira por bichos-de-vaca ou vacas pretas).

São animais herbívoros e detritívoros, isto é, se alimentam de detritos, como matéria vegetal morta. Quando se sentem ameaçados, os diplópodes enrolam-se, fingindo-se de mortos. Em outras situações, eliminam substâncias repelentes que afastam predadores, como o cianeto de hidrogênio. O corpo dos diplópodes é dividido somente em cabeça, pequeno tórax e um longo abdome segmentado.

Possuem um corpo cilíndrico, com um par de antenas, olhos simples e dois pares de patas locomotoras por segmento (que podem variar de 20 a 100) e seu sistema respiratório é traqueal.

Sua reprodução é sexuada. Todos os diplópodes são ovíparos.


Os diplópodes antigamente pertenciam à classe dos Miriápodes, junto com os Quilópodes. As diferenças entre as duas novas classes são que: quilópodes tem forcípulas (que inoculam veneno), diplópodes tem antenas; quilópodes são carnívoros, diplópodes são herbívoros; quilópodes são achatados, diplópodes são cilíndricos; quilópodes tem 1 par de patas por segmento, diplópodes tem 2 pares de patas por segmento.

Um comentário:

  1. Delza boa noite,
    muito obrigada por postar em seu blog um texto sobre o filo dos artrópodes,já peguei e agora vou começar a estudar.Melhoras!!!

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