sábado, 12 de novembro de 2011

Anfíbios: o início da conquista do meio terrestre

   Anfíbios

Primeiros vertebrados a habitar o meio terrestre

A língua do sapo é presa na parte anterior da boca, permitindo-o projetá-la facilmente para fora


   Os anfíbios não são encontrados no ambiente marinho, apenas na água doce e em ambiente terrestre. O nome do grupo, anfíbios (do grego, amphi - dos dois lados + bios = vida), foi dado em razão da maioria de seus representantes possuírem a fase larval aquática e de respiração branquial (lembre-se dos girinos) e uma fase adulta, de respiração pulmonar e cutânea, que habita o meio terrestre úmido. São pecilotérmicos, como os peixes.
 Quando jovens, a maioria das espécies de anfíbios vivem exclusivamente em ambiente aquático dulcícola, e sua estrutura corpórea é semelhante a de um alevino, realizando respiração branquial. A fase jovem, também conhecida como larval, é determinada do nascimento até a metamorfose do anfíbio, que lhe permitirá sair do ambiente aquático e fazer parte do ambiente terrestre. As larvas possuem cauda e até mesmo linha lateral como os peixes


Já adultos, a dependência da água dos anfíbios jovens é superada parcialmente, e após a metamorfose, a maioria das espécies, pode deixar a água e viver em habitat terrestre. Apesar de pulmonados, os representantes dessa classe possuem uma superfície alveolar muito pequena, incapaz de suprir toda a demanda gasosa do animal. Portanto, como complemento à respiração pulmonar, os anfíbios realizam a respiração cutânea (trocas de gases através da pele), e para tanto possuem a pele bastante vascularizada e sempre umedecida.
Os anfíbios adultos precisam viver perto da umidade: sua pele é fina e pobremente queratinizada, muito sujeita à perda de água. Uma delgada epiderme, dotada de inúmeras glândulas mucosas, torna a pele úmida e lubrificada, constituindo-se de um importante órgão respiratório.


A respiração dos adultos é feita em parte por pulmões (características dos animais do meio terrestre) bem simples, e a outra parte é realizada pela pele, a chamada respiração cutânea. Na fase larval, a respiração acontece através das branquias (característica dos peixes).

O coração apresenta três cavidades: dois átrios (um direito e um esquerdo) e um ventrículo. O sangue venoso, pobre em O2, vindo dos pulmões, penetra no átrio esquerdo. Os dois tipos de sangue passam para o único ventrículo onde se misturam, ainda que parcialmente. Do ventrículo, o sangue é bombeado para um tronco arterial (conjunto de vasos) que distribui sangue para a cabeça, tronco e pulmões.





Declínio das populações de anfíbios


Sapo-dourado, Bufo periglenes, tornou-se num dos primeiros indicadores do declínio anfíbio. Considerado abundante, foi visto pela última vez em 1989. Catalogado pela última vez em números normais em 1987. Em 1988, somente oito machos e duas fêmeas foram encontrados. Em 1989, encontrou-se apenas um macho, sendo este o último registo da espécie.Desde o ano de 1980 que se tem registado um dramático declínio das populações de anfíbios em todo o mundo, caracterizado por colapsos nas populações e extinções maciças localizadas. No ano de 1993, as populações de mais de 500 espécies de rãs e salamandras dos cinco continentes apresentavam um declínio na sua população. No seu relatório de 2008, a UICN refere que 23% das espécies de anfíbios está ameaçada ou extinta e que se desconhece o estado de outros 25%. Além disso, 43% do total de espécies tem tido uma diminuição significativa do tamanho das suas populações. Este declínio está a afectar milhares de espécies em todo o tipo de ecossistemas, pelo que se o catalogou como uma das ameaças mais críticas à biodiversidade global.

Os declínios e extinções maciças das populações de anfíbios são um problema global com causas locais complexas. Entre as causas podemos encontrar: aumentos nos índices de radiação ultravioleta (consequência da diminuição da camada de ozono atmosférico), novos predadores nos ecossistemas actuais (espécies introduzidas), fragmentação e destruição de hábitat, toxicidade e acidez ambiental, enfermidades emergentes, mudanças climáticas, e interacções entre estes fatores.

 
Inicialmente, os relatórios sobre o declínio de anfíbios não foram tomados em conta por toda a comunidade científica. Alguns cientistas argumentavam que as populações de animais, como a dos anfíbios, variam com o tempo. Hoje em dia já é consensual que ocorreram grandes declínios nas populações de anfíbios de todo o mundo e espera-se que eles continuem a ocorrer.


Dado que a maioria dos anfíbios está exposta tanto a hábitats terrestres como aquáticos e dado que a sua pele é altamente permeável, pensa-se que os anfíbios podem ser mais susceptíveis às toxinas do meio ambiente, ou às mudanças nos padrões de temperatura, chuvas e humidade, que outras espécies de vertebrados terrestres. Os cientistas estão a começar a referir-se aos anfíbios utilizando a expressão: canários numa mina de carvão, para fazer referência a um indicador da contaminação gerada pela atividade humana

     O sapo-dourado, Bufo periglenes, tornou-se num dos primeiros indicadores do declínio anfíbio. Considerado abundante, foi visto pela última vez em 1989. Catalogado pela última vez em números normais em 1987. Em 1988, somente oito machos e duas fêmeas foram encontrados. Em 1989, encontrou-se apenas um macho, sendo este o último registo da espécie.


  Rana muscosa, atualmente em perigo crítico segundo a Lista Vermelha da IUCN. Encontra-se ameaçada devida à introdução de espécies exóticas de truta nos lagos que conformam o seu hábitat.


 A rã da espécie Dendrobates azureus é sobre-explorada para venda em lojas de animais de estimação. Encontra em estado vulnerável, segundo a Lista Vermelha da IUC.


Ficheiro:Yellow-banded.poison.dart.frog.arp.jpgA espécie Dendrobates leucomelas é uma das mais populares nas lojas de animais de estimação. Encontra-se em estado vulnerável, tal como a Dendrobates azureus.


O sapo da espécie Bufo baxteri, relativamente comum em 1950, experimentou um acentuado declínio durante a década de 1970 e julgou-se extinto em 1980. A espécie foi redescoberta em 1987, no lago Mortenson. A IUCN considera-o como extinto no seu habitat natural.



Muitos têm pele colorida como funções de camuflagem, de atrativo sexual ou de alerta.
                      



Sobre exploração

Os anfíbios são removidos de seus habitats naturais e vendidos internacionalmente como alimento, como animais domésticos ou para abastecimento de mercados medicinais e biológicos.

Anfíbios como alimento

A principal forma de uso dos anfíbios como alimento são as patas de rã. As patas de rã são muito populares na Europa, Canadá e Estados Unidos da América. Durante a década de 1990, a Europa importou seis mil toneladas de patas de rã por ano. Entre 1981 e 1984, os Estados Unidos da América importaram mais de três milhões de quilogramas de carne de rã por ano. Isto é aproximadamente o equivalente a 26 milhões de rãs.

Anfíbios na medicina

É difícil determinar se o uso dos anfíbios na medicina está a ter um efeito adverso nas suas populações naturais. Por contrário, o recente interesse suscitado pela descoberta e estudo da variedade de compostos produzidos por anfíbios por causa das suas propriedades farmacológicas podem ter efeitos benéficos na conservação.

As culturas asiáticas consideram extremadamente importantes os anfíbios para seu uso medicinal. Crê-se que muitas partes de certos anfíbios tenham propriedades curativas e afrodisíacas. Dois exemplos comuns de anfíbios vendidos para as companhias médicas chinesas e drogarias, são os ovidutos dissecados de Rana chensinensis e a pele de alguns sapos.

Muitos sapos do género Bufo produzem uma toxina chamada bufotenina que tem propriedades alucinogénicas. Outra toxina como é o caso da 5-metoxidimetiltriptamina (5-MeO-DMT), produzida pela espécie Bufo alvarius, também tem este tipo de propriedades, havendo registos que era utilizada por comunidades pré-colombianas para fins rituais. Por causa das propriedades farmacológicas destas toxinas, algumas espécies são recoletadas. A extração das toxinas não implica necessariamente que se tenha que matar os animais, mas é certo que o processo de recoleção está a afetar as suas populações negativamente.



       A reprodução

  Nos sapos, rãs e pererecas, os sexos são separados. A fecundação é externa, em meio aquático. As fecundações vão ocorrendo, e cada ovo possui uma membrana transparente que contém, no seu interior, um embrião em desenvolvimento que consome, para a sua sobrevivência, alimento rico em reservas originadas do óvulo.
                                                                                           
 Após certo tempo de desenvolvimento, de cada ovo emerge uma larva sem patas, o girino, contendo cauda e brânquias. Após certo tempo de vida na água, inicia-se uma série de modificações no girino, que prenunciam a fase adulta. A metamorfose consiste na reabsorção da cauda e das brânquias e no desenvolvimento dos pulmões e das quatro patas.

No modo mais comum, a reprodução dos anfíbios está ligada à água doce, e ocorre nos Anuros sexuadamente por fecundação externa (excetuando-se por duas espécies de rãs norte-americanas do gênero Ascaphus), na qual a fêmea libera óvulos (ainda não fecundados) envoltos em uma massa gelatinosa e o macho então lança seus gâmetas sobre eles para que ocorra a fecundação. Os ovos formados ficarão em ambiente aquático lêntico (lagos, lagoas e represas) até o nascimento do girino, que captura seu alimento no meio ambiente. Nos Ápodes e nos Urodelos, a fecundação é realizada internamente. No caso das salamandras, o macho encontra a fêmea e inicia um comportamento de cortejo parecido com uma dança, quando o macho deixa no substrato uma cápsula (o espermatóforo) que carrega os gametas masculinos. Com os movimentos do cortejo, o macho induz a fêmea a se colocar sobre o espermatóforo, que então fecunda os óvulos da fêmea internamente à esta.



Muitos pesquisadores acreditam que os anfíbios são indicadores ecológicos e nas últimas décadas tem havido um declínio das populações de anfíbios ao redor do globo. Muitas espécies estão ameaçadas ou extintas.


 O seu sistema digestório é completo: de boca a cloaca.

Quanto a locomoção, os membros da ordem Anuros (corpos curtos sem cauda; são tetrápodes) a maioria, com adaptação para o salto, as rãs, pererecas, (a maioria apresenta metamorfose completa, mas alguns já saem dos ovos com a forma adulta, não apresentando metamorfose) ; os da ordem Urodelos (tetrápodes com cauda e aspecto de lagarto) , as salamandras caminham; os da ordem Ápodes(sem patas ), as cobras-cegas arrastam-se por contrações musculares. Na água são nadadores, sendo que quando na fase larval utilizam a cauda e quando adultas, as rãs utilizam as patas, que possuem membranas interdigitais. As pererecas apresentam discos adesivos nos dedos, equivocadamente definidos como ventosas.


    A representante dos anfibios ápodos é a cobra cega, que leva este nome justamente por se parecerem com uma cobra, não tem pernas e pés. “Cega” pois os seus olhos são muito pouco desenvolvidos.
                                                                        
   Proteu


 Perereca


Apresentam boa visão, com exceção das cobras-cegas, e tato em toda superfície corporal. .

Alguns anfíbios podem ser venenosos, sendo que alguns deles estão inclusive entre os animais mais venenosos. Os sapos possuem uma glândula parotóide que produz veneno, e muitas glândulas pequenas espalhadas por toda superfície do corpo, produtoras de muco e veneno. Entretanto, este veneno da glândula paratóide é eliminado apenas quando tal glândula é apertada. O manuseamento de anfíbios é normalmente seguro, desde que o veneno não entre na circulação sanguínea através de ferimentos ou mucosa. Deve-se por isso lavar as mãos depois do contato com os animais.
                                                                                                                         Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.















Um comentário:

  1. Delza achei este vídeo no youtube e achei legal sobre os repteis e anfíbios.olha ai:
    http://www.youtube.com/watch?v=GHux-cqZ1aY
    espero que goste.
    Barbara Luiza 6ª A

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