terça-feira, 29 de novembro de 2011

AVES - únicos animais viventes que têm penas

 As aves (latim científico: Aves) constituem uma classe de animais vertebrados, bípedes, homeotérmicos, ovíparos, caracterizados principalmente por possuírem penas, apêndices locomotores anteriores modificados em asas, bico córneo e ossos pneumáticos. Habitam todos os ecossistemas do globo, do Ártico à Antártica. As aves atuais variam muito em tamanho, do Mellisuga helenae de 5 centímetros ao avestruz de 2,75 metros. Além disso, as aves não possuem dentes, são endotérmicas e apresentam um metabolismo elevado.
São reconhecidas aproximadamente 10 000 espécies de aves no mundo.

Chapim-real (Parus major)Chapim-real (Parus major)

Embora a maioria das aves esteja adaptada ao vôo, existem algumas exceções. O pinguim, por exemplo, não voa, mas pode nadar e mergulhar. Já o avestruz pode caminhar e correr.

Note que todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros.
Os pássaros estão incluídos na ordem Passeriformes, constitui a mais rica, ou seja, com maior número de espécies dentro do grupo das aves.
Enquanto a maioria das aves se caracteriza pelo voo, as ratitas não podem voar ou apresentam voo limitado, uma característica considerada secundária, ou seja, adquirida por espécies "novas" a partir de ancestrais que conseguiam voar. Muitas outras espécies, particularmente as insulares, também perderam essa habilidade. As espécies não-voadoras incluem o pinguim, avestruz, quivi, e o extinto dodo. Aves não-voadoras são especialmente vulneráveis à extinção por conta da ação antrópica direta (destruição e fragmentação do hábitat, poluição etc.) ou indireta (introdução de animais/plantas exóticas, mamíferos em particular).
   Reprodução  Registro fóssil da espécie Archaeopteryx lithografica

O Archaeopteryx é o mais antigo fóssil conhecido de ave e data de aproximadamente 140 milhões de anos atrás, do período Jurássico. Era um pouco maior que uma pomba e possuía cauda longa, percorrida pela coluna vertebral, como os répteis, além de dentes, dedos individualizados com garras e, como característica mais marcante, penas do corpo e penas de voo assimétricas (indícios de que esse animal era capaz de voar).
  
        Adaptações ao voo

 As aves possuem diversas adaptações para o vôo que estão relacionadas ao formato aerodinâmico e à redução do peso do corpo. A presença de membros anteriores, transformados em asas, e de penas são algumas dessas adaptações. A pena é uma estrutura leve, mas ao mesmo tempo flexível e resistente. Além de atuar no vôo, é também um importante isolante térmico.
O isolamento térmico fornecido pelas penas foi essencial para o surgimento da endotermia nas aves. Isso permitiu que o calor produzido pela alta taxa metabólica desses animais não se dissipasse para o ambiente externo. Esse isolamento também protege as aves da perda de calor gerada pela passagem do ar pelo corpo durante o vôo.





Do ponto de vista morfológico, as aves constituem um grupo um tanto particular e uniforme dentro dos tetrápodes atuais. Particular porque se distinguem facilmente de outros grupos de animais vivos e uniformes porque, apesar do grande número de espécies e adaptações das mais variadas para diferentes nichos ecológicos, o grupo como um todo mantém sua morfologia bastante semelhante (diferentemente, por exemplo, dos mamíferos).
Entre as características morfológicas de grande importância ecológica e evolutiva, estão o formato do bico e dos pés e a proporção área alar/tamanho corporal.
  
           
             












                  Exemplos de especializações de bicos.




Reprodução
A fecundação das aves é interna e, assim como os répteis, elas possuem um ovo terrestre com uma casca protetora externa. Internamente, encontram-se os anexos embrionários. A fêmea geralmente tem um único ovário, situado no lado esquerdo, onde produz óvulos, o macho sempre possui dois testículos e libera espermatozóides. Ocorrências de dois ovários entre as aves são raras e, nestes casos, apenas um deles é funcional (por exemplo, no quivi).


As aves são animais ovíparos, ou seja, botam ovos que completam seu desenvolvimento fora do corpo materno. Isso contribui para a redução do peso da fêmea, pois ela não carrega o ovo ou o embrião dentro de seu corpo, como na ovoviviparidade e na viviparidade.

As aves chocam os ovos e cuidam dos filhotes após o nascimento. Este comportamento de cuidado com a prole é chamado de cuidado parental. Em muitas espécies tanto a fêmea quanto o macho realizam esta atividade.

Órgãos dos sentidos
As aves possuem a visão e a audição bem desenvolvidas. Esses sentidos são essenciais para um deslocamento eficiente no ar, durante o vôo. Já o olfato é pouco desenvolvido na maioria das espécies.

A produção de sons é realizada através de uma estrutura situada na base da traquéia, a siringe. A vocalização possui uma grande importância na comunicação das aves, sendo uma característica particular de cada espécie.


Digestão e excreção

A ausência de dentes impede que as aves triturem o alimento na boca, antes de engolir. Esta função é assumida pela moela, uma região do estômago cujas paredes são dotadas de músculos fortes. Na moela os alimentos são triturados e esmagados, ou seja, é realizada a digestão mecânica. Algumas espécies armazenam pedrinhas na moela, que aumentam o atrito e auxiliam na trituração do alimento.

Muitas espécies possuem um papo. O papo corresponde a uma dilatação da porção posterior do esôfago e serve para armazenar, temporariamente, o alimento coletado. Quando estão com filhotes, as aves podem armazenar alimento no papo para transportá-lo até o ninho e alimentar a prole.

As aves, assim como a maioria dos répteis, excretam ácido úrico, uma substância nitrogenada que é insolúvel em água. As excretas são eliminadas na forma de uma pasta branca junto com as fezes, que possuem coloração escura.

  Órgãos dos sentidos

As aves possuem a visão e a audição bem desenvolvidas. Esses sentidos são essenciais para um deslocamento eficiente no ar, durante o vôo. Já o olfato é pouco desenvolvido na maioria das espécies.

A produção de sons é realizada através de uma estrutura situada na base da traquéia, a siringe. A vocalização possui uma grande importância na comunicação das aves, sendo uma característica particular de cada espécie.

           


           

        

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“Se uma ave for apreendida nas mãos de traficantes, será possível, com base no estudo, determinar qual a probabilidade de a ave ter sido retirada de um desses locais e, com isso, fornecer elementos que ajudem a estabelecer a rota de tráfico”, aponta a bióloga Flávia Torres Presti, que realizou sua pesquisa de doutorado sobre o tema.  

Todas as aves têm penas?
Penas1.jpg (7440 bytes)Sim, todas as aves têm penas. Aliás, as penas são uma característica específica do grupo das aves. No entanto, já houve dinossauros com penas, como o Archaeopterix que viveu durante o Jurássico, há 190-136 milhões de anos. Possuia também uma estrutura óssea com algumas características das aves e media 40 cm. Por estas razões, alguns cientistas pensam que este seja um antepassado das aves.


Porque é que as aves têm penas?

As penas têm várias funções. Permitem o voo, são uma protecção contra a dissecação e outras agressões, protegem do frio e do calor excessivo e baixam o centro de gravidade das aves. Algumas aves, como a narceja, produzem sons com as penas e os cortiçois carregam água para as crias nas penas.

Que tipos de penas existem?
Penas2.jpg (6939 bytes)Existem quatro tipos de penas:

1. Penas - São as penas típicas usadas para voar e dão cobertura ao corpo.

2. Plúmulas - São as penas que fornecem insulação ao corpo da ave. São as penas que as crias possuem quando nascem. Os edredons e casacos de penas são feitos com estas penas porque protegem eficazmente do frio.

3. Filopluma - São penas sensoriais que desempenham um papel fundamental no voo das aves, pois permitem às aves sentir as variações nas correntes de vento.

4. Penas especializadas - Algumas aves têm penas especializadas ao pé do bico que funcionam como órgãos tácteis, da mesma maneira que os bigodes dos gatos. Outras aves, como as garças, têm penas que se desintegram em pó ao passar com o bico e esse pó, quando distribuido pelo corpo, aumenta a repelência à água.
Quantas penas existem numa ave?

Embora este número possa variar, um pássaro normal pode ter entre 1500 a 3000 penas (7% do peso total). Os cisnes podem ter até 25216 (40% no pescoço e cabeça). Algumas aves de climas mais frios têm mais penas no Inverno e no Verão perdem penas.


Penas4.jpg (3455 bytes)O que é que dá a cor às penas?

Existem penas de muitas cores e padrões. Estas são usadas, entre outras funções, para a côrte das fêmeas, camuflagem ou para repelir inimigos.

As cores das penas são formadas por duas maneiras:

1. Pigmentos coloridos - as melaninas e os lipocromos. As melaninas produzem o preto, castanho e amarelo. Os lipocromos produzem o amarelo, laranja, vermelho, azuis e verdes. Estes são menos resistentes que as melaninas, gastando-se mais depressa. Os pigmentos protegem as penas dos raios ultravioletas e aumentam a resistência das penas. Por isso é que somente as penas expostas ao sol têm pigmentos.

2. Fenómenos estruturais especiais - estes podem ser classificados em iridescentes e não iridescentes. Os patos e alguns colibris têm zonas do corpo, que vistas de um certo ângulo, revelam cores iridescentes resultado da reflexão da luz. As cores não iridescentes podem ser vistas de qualquer ângulo e são atribuidas à reflexão da luz pelo ar existente nas penas. É o mesmo processo que faz com que o céu seja azul.


Que casos anormais existem?
Penas3.jpg (6260 bytes)Em alguns casos, existem plumagens diferentes do normal que podem ter origem genética. Geralmente isso traduz-se em diferenças na quantidade e localização dos pigmentos.

O melanismo acontece quando há excesso de pigmentos pretos ou castanhos, tornando espécies de plumagem clara em aves pretas. O flavismo acontece com excesso de pigmentos amarelos. A ausência de pigmentos dá o albinismo, podendo haver casos de melros completamente brancos. Outro caso chamado ginandromorfismo acontece quando uma ave tem metade da plumagem característica de macho e metade da plumagem característica de fêmea.

Alguns casos anormais são resultado de má alimentação. Os flamingos, quando não comem crustáceos, perdem a cor rosa. Quando as penas estão a mudar, se houver variações na dieta, pode haver barras de crescimento nas penas de muitos pássaros.

Quantas partes tem uma pena?
Uma pena típica é constituida pela quilha e a bandeira. A quilha divide-se no canhão (parte oca que prende a pena à pele) e o raquis no meio da bandeira. A bandeira compôe-se de muitas barbas que saem da raquis. Por sua vez, de cada barba saiem pequenas bárbulas que estão fixas às bárbulas da barba adjacente por pequenos ganchos.
Partes de uma pena
As penas são estruturas mortas, de queratina, originadas a partir de papilas vivas da derme (origem mesodérmica). As penas ou plumas das aves são formadas de:
Cálamo - É a ponta oca que fica enterrada na pele da ave;

Raque - É a parte central o "eixo da pena";

Barbas - São os "raminhos" das penas, que estão presos à raque;

Bárbulas - São as pequeninas ramificações das barbas. 
 



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                                                                                   * pt.wikipedia.org/wiki/Aves

                                                                                   *Alice Dantas Brites é professora de biologia.
                                                                                   * www1.ci.uc.pt/aves/penas.htm

Toda ave passa por períodos de muda de penas durante toda sua vida. Nesse processo, as penas velhas são empurradas para fora e no mesmo local surgem as novas. A maioria das espécies muda de penas uma vez ao ano, logo após a estação de reprodução, mas há espécies onde esse processso ocorre por duas ou mais vezes, ou até são contínuos todo ano.


A muda nas aves sofre influência da luminosidade e dos hormônios. Portanto, as aves que passam o tempo todo dentro de uma casa, podem não apresentar uma regularidade nessa muda. Assim, como também aves em situação de estresse e as com alterações nutricionais podem sofrer uma muda anormal, resultando também em alterações na pigmentação dessas penas.

Para que as aves possam ter pele e pena saudáveis, os proprietários devem ser orientados pelo Médico Veterinário sobre a dieta apropriada para a espécie, sobre o alojamento, por exemplo, aves que vivem em cozinhas pelos vapores produzidos na preparação de alimentos vão ter suas penas recobertas, portanto, com padrões alterados. Ainda referente ao manejo, sua rotina também é importante no que se refere a período de repouso que deve ser de oito a doze horas.

Muitas vezes, o proprietário pode confundir uma muda normal com um arrancamento de penas, pois durante a muda, as aves ficam longos períodos limpando-se com o bico, e no fundo da gaiola observamos muitas penas espalhadas.

Sempre que esses sinais aparecerem, o Médico Veterinário deverá ser imediatamente contactado, para que examine essa ave, e faça uma anamnese com o proprietário, diagnosticando assim se está diante de uma muda normal ou um problema dermatológico, que pode ocorrer devido a ácaros, causas genéricas, má nutrição, problemas hormonais e etc.

Se necessário, o profissional solicitará exames complementares como bioquímica sanguínea, Raio-X, biópsia para conclusão diagnóstica.

Após a complementação diagnóstica, o proprietário será orientado no caso de ser uma muda normal, ou se outra patologia estiver envolvida será instituído um tratamento no intuito de eliminar a causa base e dessa forma restituir ao animal uma plumagem perfeita que é o fundamental na beleza de toda ave.

Magda Izídio de Souza
*www.gazetapenhense.com.br

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